A FORMAÇÃO DE CONSCIÊNCIA HISTÓRIA E O ENSINO DE HISTÓRIA PELO CINEMA

Leonardo Inacio Grazziani

O cinema tem como papel um fomentador da mentalidade coletiva. Os temas históricos, em sua maioria, possuem um filme que represente a compreensão da época através da percepção do diretor. O tecido ideológico que o filme representa é uma visão do período em que fora criado, e sem um approche necessário para leitura e interpretação do filme, seja pela defasagem ou falta de ensino, o aluno forma uma “opinião” apriori de assuntos – o que Paulo Freire se referencia como “bagagem intelectual” do aluno – e que são discutidos em aula. Portanto, a hipótese é de que o filme cumpre um papel que seria do professor de história: a formação da episteme e conceitos sobre o passado, fomentando aquilo que se tem como Real através da imagem apresentada.

O real é construído por várias vertentes, porém aqui defino como sendo três estágios. O primeiro é a fase da criação do universo. Enquanto criança, somos estimulados pelo meio que vivemos, os objetos e o desenvolvimento de nossa inteligência a significar o espaço em que estamos chegando à concepção objetiva de um universo fora de nós. A segunda fase seria a midiática, em que (como proponho em meu artigo) o filme seria um catalisador de ideias que podem significar uma consciência histórica e de tempo aos adolescentes, já que o recurso de leitura é limitado pela falta de imagem. A terceira fase é o Real histórico, que consiste no fatual, aquilo que aconteceu e que devemos interpretá-lo em sua concepção. Esse contexto nos indica que vivemos em vários reais presentes e devemos, a todo o momento, interferir, como críticos na área da educação, ou como ressignificadores.

A definição de Real que é proposto pela hipótese do artigo é o primeiro ponto a ser desenvolvido. Objetivamente quero elucidar a concepção em três estágios: 1- Criança; 2- Midiático; 3- Histórico. Isto é, na construção do fenômeno percebemos a interferência de vertentes que conduzem à totalidade. O que será demonstrado é a forma que se é formado na consciência histórica do aluno, precisando ser intermediado e ressignificado pelo professor de história em sala de aula. Percebemos que a noção de Real para a criança se define na interação e experiência com o seu ambiente, portanto a noção do Real é estabelecida no objeto permanente, que se apresenta como a percepção totalizante do objeto observado, analisado em seu contexto.

Piaget (1996) nos possibilita a primeira noção de Real para o sujeito, dizendo que sua resolução está na: construção, objeto, causalidade, tempo e espaço. A solidariedade destas estruturas compreende a totalidade do fenômeno da primeira fase do Real, como sendo o sujeito, em seu meio, com os objetos a sua volta, significa-os e os apropria, para que interprete o mundo a sua volta. Portanto conclui-se como sendo a primeira fase do Real, a elaboração do Universo.

Em seus estudos da “história das ideias”, o Filósofo Berlin propõe um debate a cerca do que se tem como o sentido de realidade, afirmando que, além do fato histórico, a análise do contexto e da tessitura da contemporaneidade dos fatos é que irá determinar a possibilidade de tradução e projeção do real já passado. Não há possibilidades de recriar o contexto passado, a conjuntura estrutural e superestrutural que um dia já formara nossa sociedade, porém através das escolas analíticas das ciências naturais, poderíamos formular uma ampliação daquilo que “teria sido” o real. Portanto o resultado seria a análise dos “fios de uma tessitura mais ampla, formando as partes de um todo mais abrangente” (BERLIN, 1999. P6), sendo possível através das “ideias do passado (achava ele) [que] só poderiam ser trazidas à vida se ‘entrássemos’ nas mentes e pontos de vista das pessoas que as sustentaram, e nos contextos sociais ou culturais aos quais pertenceram” (BERLIN, 1999. P6-7).

A determinação de uma etapa do desenvolvimento histórico – as leis da evolução social – pode ser compreendida como a interação de fatores humanos e não-humanos, pois “suas instituições eram aquelas em que as necessidades humanas, em parte conscientemente, em parte sem nenhuma consciência, causaram tanto a ocorrência quanto a sobrevivência” (BERLIN, 1999. P20). Aliado a essas leis da evolução social, percebe-se que existe também, na história, uma direção que leva aos fatores de desenvolvimento da noção histórica, portanto se define como um padrão – não-exato – que se define na construção histórica, porém sem ser definido como um sentido progressivo da evolução, isto é, “não precisamos acreditar que estamos nos aproximando gradativamente de alguns objetivo ‘desejável’, como quer que definamos desejável; mas estamos seguindo uma direção definida e irreversível” (BERLIN, 1999. P20-21). A nostalgia e o anacronismo estariam no campo utópico da ciência, pois “se fosse possível reproduzir condições passadas” comenta o autor “seria rompida a causalidade histórica – o que, como não conseguimos pensar nesses termos, é psicologicamente impossível, além de irracional e absurdo” (BERLIN, 1999. P21).

A importância da definição do campo ideológico em que estamos trabalhando tem todo o sentido, pois delimita o motivo e os pilares do atual estudo. Ao apresentar a lacuna de entendimento sobre “o que é Ideologia?” sugerimos qual é a base de entendimento de mundo que temos para começar a trabalhar-pesquisar. Assim, trago a noção de Zizek sobre Ideologia e o Real, no qual ele diz que
“quando denunciamos como ideol6gica a pr6pria tentativa de traçar uma linha demarcatória clara entre a ideologia e a realidade efetiva, isso parece impor, inevitavelmente, a conclusão de que a única postura não ideo1ógica consiste em renunciar a noção mesma de realidade extra-ideológica, e em aceitar que tudo com que lidamos são ficções simb6licas, com uma pluralidade de universos discursivos, e nunca com a realidade". (ADORNO, 1996. p22)

Nesse ponto de partida a reflexão inicial que deve ser feita é que “acaso a critica da ideologia não implica um lugar privilegiado, como que isento das perturbações da vida social, que faculta a um sujeito-agente perceber o mecanismo oculto que regula a visibilidade e a invisibilidade sociais?” (ADORNO, 1996. p9), isto é, como perceber uma conexão de ideias, totalizante e particular? Zizek responde que “Ela parece surgir exatamente quando tentamos evitá-la e deixa de aparecer onde claramente se esperaria que existisse” (ADORNO, 1996. p9).

Em relação ao Real, Zizek comenta que a motivação e significação pela desculpa dada aos problemas internalize o sentido ideológico e explore somente a causa superficial. Isto é, todo discurso de ódio ou deturpação de sentidos é camuflagem para o verdadeiro sentido ideológico, e cita que “como demonstrou Jacqueline Rose, a externalização da causa, privilegiando as “condições social”, e igualmente falsas, na medida em que permite ao sujeito evitar o confronto com o real de seu desejo. Através dessa externalização da causa, o sujeito não mais se compromete com o que lhe acontece;” (ADORNO, 1996. p12). Portanto toda forma racional e irracional de ideias, sejam ela com sentido e teor político, social, cultural, etc. terá sempre bases ideológicas que não há como o indivíduo fugir ou negar.

Portanto Ideologia tem como função o ocultamento da Realidade, através de instituições de poder e discursos de dominação, sendo sua principal característica “em tomar as ideias como independentes da realidade histórica ou social, quando na verdade é essa realidade que torna compreensíveis as ideias elaboradas e a capacidade ou não que elas possuem para explicar o motivo que ela provocou.” (CHAUÍ, 2008. p13-14). Portanto a Ideologia é algo Histórico e social, de seu tempo, que explica seu contexto e dinâmica social. E na Realidade ele é uma parte constituinte do plano Real, que também é formado pela natureza e pelo social, sendo a Ideologia o plano das experiências e discurso.

A maneira de desenvolver as aulas de história com base na ciência das academias deve ter uma atenção na transposição didática. Pode ser entendido como adaptação, resumo ou até mesmo mudança de conteúdo, porém a transposição deve ser um meio de fazer chegar o conteúdo aos alunos, portanto um processo, tornando-o inteligível com o nível de erudição que se encontram os alunos. A cultura escolar e histórica está vinculada ao processo de construção de consciência histórica e de tempo, que serve de base para o desenvolvimento da mentalidade adulta e que ultrapassa as barreiras da escola, portanto uma didática que empreende o crescimento do nível de abstração do sujeito, utilizando os conceitos de pensamento histórico, tempo histórico e conhecimento histórico.

Zaslavsky apresenta a tomada de consciência, sobre as relações espaço-temporais, como se tratando de “um processo que parte de ações não conceituadas, cujos dados são deformados pela percepção, passando por uma fase em que ação e conceituação igualam-se, modificando-se mutuamente, até chegar a uma etapa em que a conceituação ultrapassa a ação.”, e seja com uma informação ou um fato novo, “o sujeito toma consciência das relações estabelecidas entre os dados da observação e a coordenação de suas ações.”, portanto o conhecimento desenvolve-se “de esquemas práticos e representações figurativas para representações operativas e conceituais” e conclui “o sujeito estrutura as categorias de objeto permanente, de tempo, de espaço e de causalidade ao longo da sua construção do real” (ZASLAVSKY, 2010. p98). Através da solidariedade dos fatos e causas constituintes do espaço, explica Piaget, a maneira de construção e desenvolvimento dos fatos, sua interpretação e significação, é que constituirão a consciência temporal, básico para a reflexão abstrativa que o ensino de história necessita como base para a constituição e construção do conhecimento.

A constituição do Real têm em sua complexidade as variáveis humanas de interpretação. Por início, o universo real por Piaget explica que o nível de interação entre sujeito e ambiente é que irão proporcionar sua construção e consciência de um mundo fora do egocentrismo. A solidariedade entre os meios interpretativos constituem o real. Na ideologia, percebemos que o Real é aquilo que analisamos e pensamos sobre nosso contexto, portanto o conjunto das ideias e interação da dinâmica social, a partir de suas estruturas de dominação, é que possibilitam a análise e formação de um pensamento do real. Por fim, na aula de história, a tomada de consciência histórica sobre o tempo e a constituição do real está na capacidade reflexiva a partir de problemáticas e significação do conjunto de objetos que sejam apropriados pelo sujeito ativo, constituindo uma temporalidade que possibilite a organização e distinção entre processos formadores do conhecimento, formalizando o pensamento de que o Real é a sua capacidade de significar seu contexto a partir de sua vida, é uma capacidade analítica do contexto social, político e cultural que vive.

A História no cinema não tem como função a objetividade dos fatos, muito menos sua constatação da exatidão histórica. A relação entre filme e a história tem muito mais razão com o contexto histórico: a formação do Real está no fato em si, porém a realidade relatada não tem conexão entre o fato acontecido e o narrado. Isto é, o filme histórico toma o papel de representação dos fatos que aconteceram no passado, porém a narrativa contada, o roteiro criado, possui como enfoque a trama principal satisfazendo as vontades do grande público.

O processo de construção e a dinâmica discursiva do cinema se encontram no campo da contracultura, ou como Marc Ferro apresenta como Contra-Análise da sociedade, que “o que é um filme senão um acontecimento, uma anedota, uma ficção, informa- ções censuradas, um filme de atualidade que coloca no mesmo nível a moda deste inverno e os mortos deste verão.” (FERRO, 1975. p5), que indica a obra fílmica como sendo a representação Ideológica de seu período histórico, seguindo a premissa de Zizek (sobre a Ideologia) como sendo o ocultamento do conjunto de ideias nas estruturas de poder do Estado. A obra tem em sua formação estágios de interação. Nesse ponto são três fases: Em primeiro lugar aparece o trabalho do historiador na formulação da interpretação do fato histórico. Logo após, em segundo, os romancistas são estimulados pelos trabalhos que retratam a época ou assunto de sua preferência. Por último, em terceiro, a obra interpretada por um diretor, formulada por um roteiro que possui uma trama principal.

A conclusão é que, em primeira instância, o filme tem como rigor projetar uma realidade interpretada, no qual não se tem reflexões nem ambiguidades, mas sim o imediatismo, onde o discurso formado final é o que fomenta a formação da consciência Histórica, ou no caso, uma falsa-consciência Histórica. E a posição do público é, segundo Sayles, que “As plateias gostam do fato de aquilo aconteceu de verdade. aconteceu ou não aconteceu, mas elas [o público] pensam que aconteceu, ou sabem que aconteceu. Isto dá à história uma certa legitimidade na mente da plateia” e continua, “na mente do cineasta, ao passo que, quando a gente [os diretores] inventa tudo, não é a mesma coisa.” (CARNES, 1997. P17), pois a tela do cinema é a formação de um novo mundo, um universo que se completa em si.

O papel do profissional da História deve ser da criticidade ao fato. Mesmo fora do espaço de construção e fomentação de discursos contrários ao fato, deve-se ter posicionamento que apure a historicidade do fato, seu contexto e dinâmica como fenômeno de seu tempo, algo que é inatingível pelo filme. Assim, como Morais afirma, “a exclusão dos especialistas em história, da palavra do historiador, demonstra a incapacidade de perceber que o mercado da indústria cultural oferece apenas a imagem como fetiche.”, portanto “a negação do historiador é ao mesmo tempo a afirmação da história como imagem-mercadoria deslocada de sua historicidade” e no filme “o tempo social foi substituído pela ubiquidade temporal, é como se a história representasse apenas mais um filme hollywoodiano.” (MORAIS, 2001. P89). Portanto a história no cinema “como prática cotidiana tende a perder historicidade na coisificação do tempo social, é a inércia de uma representação que reduz o ser a valor de troca, da mesma forma que reduz toda a experiência da realidade a uma experiência de imagens.” (MORAIS, 2001. P91).

O resultado imagético de um filme é a síntese Ideológica do passado sob a ótica do presente. Sua formação é completa, global, sem ambiguidades e não permite outras visões e interpretações do mesmo fato. Portanto, como diz Nova – sobre cinema e História – que “O cinema é um testemunho da sociedade que o produziu e, portanto, uma fonte documental para a ciência histórica por excelência.” E conclui que “Nenhuma produção cinematográfica está livre dos condicionamentos sociais de sua época. Isso nos permite afirmar que todo filme é passível de ser utilizado enquanto documento.” (NOVA, 2015. P2).

A autora Fonseca aborda em seu estudo a maneira que impactou as escolas e sala de aula a utilização e o fenômeno cinema. Partindo de uma análise do início do cinema no Brasil, a autora aponta ao tratar sobre cinema e ensino de história, com uma afirmação de Ferro, que “o filme, imagem ou não da realidade, documento ou ficção, intriga autêntica ou pura invenção, é história” (FONSECA, 2009. P152) e a importância pedagógica da discussão estaria na “defesa da renovação das práticas pedagógicas com o uso do cinema, a motivação, o despertar do aluno, o desenvolvimento do gosto pela história, o rompimento com as aulas expositivas e enfadonhas” (FONSECA, 2009. P154). Seu método de aplicação do filme em sala de aula como instrumento didático e motivador pelo professor consiste em cinco passos. São eles:

“a) planejamento: momento de seleção prévia do filme, relacionada ao tema em estudo, englobando atividades como assistir ao filme, organização dos materiais e do espaço, preparação dos equipamentos;
b) organização do roteiro de trabalho: enumeração de questões relativas à produção (quem fez, direção, roteiro, quando, onde, gênero, técnicas, financiamento, se é ou não baseado em alguma obra etc.). A ficha técnica pode ajudar o professor a explorar as características e a historicidade do filme: os personagens, o cenário, o ambiente, a época retratada, o enredo, as percepções, as leituras dos alunos, o roteiro, o desfecho, os limites e as possibilidades;
c) projeção: assistir ao filme com os alunos no ambiente escolar ou em salas específicas;
d) discussão: estabelecer relações entre as leituras, interpretações, percepções dos alunos sobre o filme e os temas estudados em sala de aula em outros materiais como textos, canções, imagens etc. É o momento de confronto, desconstrução, retomada da significação, análise e síntese;
e) sistematização e registro.” (FONSECA, 2009. p157)

Preliminarmente, atentamos que a transformação da composição do Real é produzida a partir da modificação de temporalidade e da historicidade do fato. A percepção e recorte do objeto, sua mudança para ressignificação e adaptação ao enredo gera uma desestabilização do sentido da Realidade. Portanto o filme alcança a consciência temporal do aluno através da representação imagética do conteúdo trabalhado em aula, que possibilitou, didaticamente, a formação da consciência histórica auxiliado da crítica e mediação do professor junto à turma. O cinema cria a noção de consciência do tempo por retratar de um “outro”, a alteridade na tela. A partir da observação desse Outro, tendemos a definir um traço de linha histórica-temporal para estabelecer um passado e um presente.

Referências

Sobre o autor:
-Graduado em Licenciatura em História pela Faculdade Porto Alegrense (2018)
-Membro fundador do Grupo Autônomo de Pesquisa Sair da Grande Noite. Site: https://sairdagrandenoite.com/

ADORNO, Theodor; ZIZEK, Slavoj. Um mapa da Ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.
BERLIN, Isaiah. O sentido de realidade: estudos das ideias e de sua história. Tradução Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.
CARNES, Mark C (org.). Passado imperfeito a historia no cinema. Tradução José Guilherme Correa. Rio de Janeiro: Record, 1997
CHAUÍ, Marilena. O que é Ideologia. 2 ed. São Paulo: Brasiliense, 2008.
FERRO, Marc. O filme uma contra-análise da sociedade. In: LE GOFF, Jacques; NORA, Pierre (org.). História: novos objetos. R.J.: Francisco Alves, 1975.
FONSECA, Selva Guimarães. Cinema e Ensino de História. Revista do Arquivo Publico Mineiro. MG, 2009
MORAIS, Ronaldo Queiróz de. BRASIL 500 ANOS: a narrativa midiática (disciplinando o ensino de história). ISSN: 2179-1309.  v. 16, n. 61 (2001).
NOVA, Cristiane. O cinema e o conhecimento da história. In: Olho na História nº3. 2015.
PIAGET, Jean. A construção do real na criança. Série fundamentos. Tradução: Ramon Américo Vasques. Ática: São Paulo, 1996.
ZASLAVSKY, Susana Schwartz. Formação inicial de professores de história e a tomada de consciência das relações espaço-temporais. Tese de Doutorado. Porto Alegre: UFRGS, 2010. Disponível em: http://hdl.handle.net/10183/27680

10 comentários:

  1. Bom dia Leonardo,

    Parabéns pela comunicação! Eu tenho uma questão:

    A consciência histórica é um fenômeno que envolve a orientação e percepção do tempo, segundo Rüsen. Como os discentes ganham consciência de sua orientação e percepção do tempo quando visualizam os suportes flimicos?

    Aguardo resposta,

    Danilo Sorato Oliveira Moreira.

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    1. Boa tarde!

      Fico feliz que tenha aproveitado a leitura.

      Quando compreendemos que a vida concreta produz a realidade presente devemos instrumentalizar o aluno para que projete um passado que não existe.

      Quando Piaget compreende que o mundo é a realidade da criança, e entendemos que a aula de história utiliza-se de meios pedagógicos para construir a narrativa de análise do passado, utilizamos o filme para a criação do senso de linha do tempo e a projeção de evolução histórica como sequência de fatos, não melhoria.

      Portanto, quando Zaslavsky nos diz que a aula de história é conexão, está falando sobre a vida presente que projeta o passado.

      Espero ter sanado a dúvida e que possamos debater mais.

      Atenciosamente,
      Leonardo Inácio Grazziani

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    2. Muito bem elucidado, prezado Grazziani

      Os suportes filmícos são narrativas históricas fundamentais para um maior desenvolvimento do ensino e aprendizagem histórica.

      Mais uma vez, parabéns!
      Danilo Sorato Oliveira Moreira.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Boa tarde, Leonardo.
    Foi com intenso prazer que li seu texto e "peguei" carona nele quanto ao uso de filmes em sala de aula, geralmente utilizo em aulas. Sua análise desperta ainda mais curiosidade nesse recurso que talvez pouco utilizamos.

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    1. bom dia, José

      Fico feliz que tenha aproveitado a leitura e espero que utilizes as dicas e instruções pro futuro

      grande abraço

      leonardo inacio grazziani

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Olá boa, questões interessantes foram levantadas, mas gostaria de ressaltar a dificuldade em se contrapor com a ideia que é vendida nos cinemas à cerca de diversos acontecimentos históricos, como trabalhar a história que está sendo contada, os lados que são enaltecidos, que são lembrados, tendo em vista que as pessoas que estão foram da academia estão presas em sua maioria na narrativa proposta.
    Mariane Martins de Sant Anna

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    1. bom dia, Mariane

      Agradeço sobre o comentario a cerca do texto

      sobre os filmes, cabe ao professor a maestria de conduzir a narrativa para qual a produção visual será destinada.

      temos o problema que a industria cultural esta interligada ao controle do discurso da classe dominante

      devemos, portanto, utilizar de uma leitura base, ou atividade proposta, seguido de um roteiro orientado que possibilite o pensamento crítico e libertário dos alunos

      abraços

      leonardo inacio grazziani

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  6. boa noite.
    bom texto,Leonardo.
    eu realmente gostei muito do teu texto, pois gosto de utilizar esse recurso em sala de aula e sigo os passo da autora Fonseca. Do teu ponto de vista o recurso cinematográfico seria melhor aproveitado em sala de aula se o filme fosse utilizado como documento para analisar a época que ele foi produzido e não a época que ele tenta representar?
    Desde já obrigado.

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