NOTAS SOBRE AS EXPERIÊNCIAS DO
PIBID: DISCUTINDO A TEMÁTICA INDÍGENA NA ESCOLA
Yuri Franklin dos Santos Rodrigues
Deisiane da
Silva Bezerra
Considerações
iniciais
O
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação á Docência – PIBID - tem como objetivo principal inserir alunos dos
cursos de licenciatura das Instituições de Ensino Superior no ambiente escolar.
Pretendendo dessa forma, incentivar a preferência pela docência, melhoria na
qualidade do ensino público, articular o intercâmbio entre universidade e a
educação básica.
Esses
objetivos e outros vêm sendo trilhados pelo Subprojeto do Curso de História da
Universidade Estadual de Alagoas, Campus III - Palmeira dos Índios. Tal projeto
estimula, através de suas ações no ensino de história, o diálogo entre memória,
imagem, oralidade e patrimônio cultural. E com isso, apresenta discussões sobre
grupos marginalizados ou silenciados pela história oficial.
A
atuação desse subprojeto atende duas escolas do município, Escola Estadual Monsenhor
Macêdo e Escola Estadual Graciliano Ramos, sendo a segunda o lócus da pesquisa. Durante o
desenvolvimento das interversões verificou-se que após uma visita ao museu da
cidade – Museu Xucurus de História, Artes e Costumes, os alunos da daquela unidade educacional
apresentavam modelos e perspectivas ultrapassadas sobre as populações
indígenas.
Conforme
avançamos na execução das ações, constatamos que os alunos conheciam
superficialmente a história dos índios que habitam no município e que poucos
tinham visitado uma aldeia. Essa constatação abriu um leque de questões a serem
tratadas e mudou significadamente o planejamento pré-estabelecido para a
aplicação do projeto. Em reuniões semanais com os integrantes do subprojeto,
ficou decido que a temática indígena deveria ser abordada durante a realização
das atividades, como prevê a Lei 11.645/2008, que determina implantar em sala
de aula discussões sobre as comunidades indígenas e negras.
Essa
pesquisa tem como âncora as experiências enquanto bolsista do PIBID em sala de
aula, porém, a escolha pela temática indígena, partiu de situações anteriores,
como a definição para objeto de estudo no Trabalho de Conclusão de Curso – TCC,
o que contribuiu para articulação junto a outros colegas na aplicação do ensino
da história e cultura indígena nas ações do PIBID. Vale ressaltar que através
de reuniões, conversas informais e planejamentos, ficou decidido que iríamos
ter como foco central as histórias de lutas, protagonismos e reivindicações por
direitos do povo indígena Xucuru-Kariri que tradicionalmente habitam no
município de Palmeira dos Índios.
Algumas notas
sobre o PIBID e o Subprojeto de História
Por
longos anos, as Instituições de Ensino Superior - IES e Escolas da Educação Básica
mantiveram um afastamento entre si, a única relação existente era com os alunos
dos cursos de licenciatura que desenvolviam seus estágios nos últimos semestres
de formação. Esse distanciamento entre as instituições intensificou uma relação
destoante entre teoria e prática, quando o conhecimento assimilado nos livros e
nas aulas, muitas vezes não condizia com o observado em situações de estágio de
observação e regência. Esses, entre outros motivos, despertaram no Governo
Federal o anseio de mediar esse diálogo, criando no ano de 2007 , o Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência – PIBID. Os principais propósitos do Projeto determinam
que:
“§ 1º São objetivos do PIBID:
I - incentivar a formação de
professores para a educação básica, especialmente para o ensino médio;
II - valorizar o magistério,
incentivando os estudantes que optam pela carreira docente;
III - promover a melhoria da qualidade
da educação básica;
IV - promover a articulação integrada
da educação superior do sistema federal com a educação básica do sistema
público, em proveito de uma sólida formação docente inicial;
V - elevar a qualidade das ações
acadêmicas voltadas à formação inicial de professores nos cursos de
licenciaturas das instituições federais de educação superior.” (BRASIL, 2007,
p. 39)
Dessa
maneira, surgiu a pretensão de estimular a inserção dos alunos dos cursos
presenciais de graduação no ambiente escolar desde os primeiros anos de ingresso
na Universidade, proporcionando com isso aprimoramentos das práticas pedagógicas.
Esse programa tenciona também impulsionar a nota do Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica – IDEB. Tais propostas promoviam uma articulação entre
Governo Federal, Estados e Municípios para avanço na qualidade da Educação.
O PIBID tem sua própria estrutura de
organização, está divido nas seguintes áreas: Coordenação
institucional, responsável
pela coordenação do projeto institucional; Coordenador de área, docente de licenciatura da
instituição que está à frente dos subprojetos; Professor supervisor, educadores
das escolas básicas que orientam os graduandos nas visitas as respectivas
unidades de ensino; graduando de iniciação à docência, discentes que participam
dos subprojetos, respectivamente em seus cursos de licenciatura. Essa divisão
auxilia na manutenção e controle do programa.
Na
Universidade Estadual de Alagoas, o projeto institucional tem como nome
“Articulação entre a universidade e escolas de educação básica: múltiplos
olhares teórico-metodológicos na formação docente”, desenvolvido no ano de
2013. O objetivo principal era criar um campo de harmonização entre
Universidade e as Unidades Escolares, ocorrendo dessa forma discussões através
do campo teórico e metodológico para um constante desenvolvimento dos discentes
enquanto futuros profissionais na área da educação.
Dentro
do projeto institucional está inserido o Subprojeto do curso de História do
Campus III, Palmeira dos Índios. Com um grupo de dez bolsistas, um coordenador
de área e duas professoras supervisoras. Esse Subprojeto foi intitulado de: “A
memória, a imagem, a oralidade e o patrimônio cultural como ferramentas metodológicas
do ensino de História”, cujo principal objetivo era discutir como esses recursos
metodológicos podem, no decorrer das aulas de história, auxiliar no processo
ensino-aprendizagem e ocupar um papel central na preservação, formação e
divulgação do patrimônio cultural.
O
andamento das atividades aconteceu na cidade de Palmeira dos Índios, em duas
escolas da Rede Estadual de Educação – Escola Estadual Graciliano Ramos e
Escola Estadual Monsenhor Macêdo – com alunos do primeiro, segundo e terceiro
ano do ensino médio. Na Escola Graciliano Ramos as ações foram executadas na
disciplina eletiva intitulada: Viajando pelos museus em Alagoas, ofertadas em
Ensino Médio em Tempo Integral. Porém, na Escola Monsenhor Macêdo, por haver oferta
de disciplinas eletivas, se desenvolveu na disciplina de História. Em cada Unidade
de Ensino, uma professora da área atuou como supervisora dos alunos de
iniciação a docência.
A Escola Estadual Graciliano Ramos contou com a
atuação de seis discentes, número bastante expressivo em relação à quantidade
de alunos matriculados na disciplina. Buscou-se seguir um planejamento
pré-estabelecido, que durante o desenrolar das atividades teve que ser
alterado. Um dos motivos foi o questionamento dos alunos sobre a temática
indígena, inquietações que surgiram após uma visita ao Museu Xucurus de
História, Artes e Costumes. A partir da análise das questões levantadas verificou-se
que os discentes estavam imersos em estereótipos e concepções ultrapassadas
sobre as populações indígenas, fato curioso, devido a forte presença indígena
no município. Dessa maneira, tornou-se claro que a Lei 11.645/2008, que insere
no ambiente escolar o debate sobre as comunidades indígenas e negras, até
então, não estava sendo efetivada na escola, demonstrando assim a necessidade
de deliberar tal demanda.
A aplicabilidade da Lei 11.645/2008 no ensino de História
Nas
escolas públicas e privadas, predominam os moldes pré-estabelecidos pelo
Ministério da Educação – MEC, conforme o disposto na Lei 9.394 de 1996. Neste sentido, a instituição da Lei
11.645/2008, que torna obrigatória a inclusão da discussão sobre a história e
cultura indígena nessas redes educacionais, objetiva desconstruir estereótipos
e nortear debates com uma perspectiva intercultural crítica, considerando as
diversidades e também as relações étnico-sociais existentes no Brasil (SILVA,
2016).
A
discussão da temática indígena no Brasil é permeada por preconceito e análises
pejorativas, o que se intensifica ao se tratar sobre os índios no Nordeste,
mais atingidos pelo processo de colonização. Predomina no imaginário do senso
comum, a imagem deturpada por informações incompletas e conceitos ultrapassados
e/ou por vezes mal-intencionados que tentam reduzi-los a condição de remanescentes
de índios. Imagens que acabam fazendo referência a um passado distante,
generalizando sua diversidade sociocultural e desconsiderando processos
históricos que incluem as trocas culturais, as disputas e os conflitos entre
índios e não-índios.
As
imagens engessadas de um índio colonial têm sido preservadas nos símbolos
fabricados pela sociedade contemporânea. Pois mantendo vivas essas figuras
estereotipadas, se construiu ao longo do tempo uma representação, ainda que desatualizada,
sobre a identidade Nacional. Assim, nasceu a sociedade brasileira, no final do
século XIX, sob o estigma das três raças, base da teoria de sua constituição,
que serviria à necessidade de afirmar essa identidade (SILVA, 2016).
Essas
imagens foram sendo rememoradas e ritualizadas, o que muitas vezes favorece a
falta de receptividade do não-índio a informações atualizadas sobre os povos
indígenas. A escola nesse contexto, tem servido na manutenção de discursos
cristalizados para compor a identidade nacional. Porém, esses elementos aceitos
sem análise crítica, condicionam os alunos a aderirem às rotulações (CANCLINI,
2013).
Se
por um lado as culturas étnicas são exibidas em escolas em datas comemorativas,
por outro, isso tem sido feito sem considerar aspectos da nova condição de vida
dos indígenas, como, situações de contato, disputas territoriais, ações e
posicionamentos políticos e os processos históricos (OLIVEIRA, 1998). É
indiscutível a tendência em mostrar nos livros didáticos, na literatura, nos
museus e até mesmo na televisão, uma cultura indígena “pura”, distante da
problematização dessas situações.
No
Nordeste, os povos indígenas precisaram passar por processos de transformação e
por vezes ocultar suas identidades, adaptando-se em meio ao constante contato
com um mundo, antes distante do seu. Nessa perspectiva, eles podem ser
compreendidos como resultado na interação, assim como de um histórico de lutas
e resistência. Desse modo, quando foi necessário, esconderam sua identidade
para garantir a sobrevivência e buscaram externa-las quando precisaram se
reafirmar.
Estudar
a história e as culturas dos povos indígenas, significa identificar e analisar
suas relações internas, considerando sua organização social. Quando se reduz a
identidade indígena a traços físicos e culturais correspondentes a índios que
não foram expostos ao contato com outras culturas, não se atende ao princípio
básico do respeito as diversidades indígenas. O estudo da temática indígena,
representa um esforço para aceitar a construção dessas sociedades em meio aos
processos que viveram e vivem, afastando as percepções construídas por
impressões limitadas sobre eles.
História
Indígena e sua aplicação no PIBID
Em
comemoração aos duzentos anos da emancipação política de Alagoas, algumas
Escolas de Tempo Integral ofereceram disciplinas eletivas com o objetivo de
abordar esses dois séculos de história. A disciplina em que os pibidianos
atuaram foi uma delas, lecionada para alunos do primeiro e segundo ano do
Ensino Médio.
No
planejamento geral da disciplina, ficou decido que iríamos fazer visitas aos
museus da cidade – Museu Xucuru de História, Artes e Costumes e Casa Museu
Graciliano Ramos – ambos de fácil acesso. Nosso intuito inicial era o de
discutir a questão patrimonial e como ela se encontrava inserida na memória, na
oralidade e nas imagens de grupos tradicionais.
A
visita ao Museu Xucuru de História, Artes e Costume que de acordo Paranhos
(2016), “foi oficialmente fundado em 1971 no prédio da antiga Igreja do Rosário
dos Pretos, construída pelos escravos que viviam nesta localidade durante o
século XVIII.” (PARANHOS, 2016, p. 226), rendeu muitos comentários dos alunos e
provocou diversas indagações nos pibidianos, que posteriormente foram abordadas
durante as aulas. A coleção museológica encontrasse dividida em três partes: a
primeira de uso quase exclusivo para exposição da arte sacra, com vestimentas
sacerdotais protegidas em vitrines para conservação; no segundo espaço, a
presença negra é marcante, pois é representada por três manequins, apresentando
um método de tortura aplicado durante a escravidão; o terceiro e último
ambiente destinado ao índio, um espaço escuro que chega a “ficar trancado a
chaves e separado por grades em alguns momentos” (PARANHOS, 2016, p. 230).
No
início, os bolsistas provocaram questionamentos na turma, que serviram de base
para as posteriores discussões em sala de aula sobre os objetos expostos no
museu. E como esse espaço representa apenas uma parte da sociedade, deixando a
outra fração nos fundos daquele espaço, escondida, silenciada. Ao serem
questionados, sobre como os povos indígenas estavam expostos naquele ambiente e
como descreve os índios, muitos alunos permaneceram em silêncio, enquanto
outros relataram que ao longo de sua formação escolar a questão indígena foi
abordada de forma pontual no período próximo a emancipação política do
município.
Quando
perguntado de qual forma eles viam os índios, corroborando com a imagem
representada no museu, muitos demonstravam percepções estereotipadas e ultrapassadas
sobre essas populações, fato que serviu para refletir sobre a necessidade de
incluir no subprojeto alguns aspectos da temática Indígena, principalmente as
histórias de lutas, protagonismos e busca por direitos dos Xucuru-Kariri.
Em
um momento posterior, foi realizado um levantamento para buscar uma explicação
para entender o porquê da disseminação desses erros históricos. Partimos para
pesquisa, analisando os livros didáticos disponíveis para professores do Ensino
Fundamental e Médio sobre a História de Alagoas. Quando identificamos, no
material analisado, concepções superadas sobre a história indígena. De acordo
com Ferreira (2016):
“Em
Alagoas existe uma produção acadêmica significativa sobre a história indígena,
sobretudo a partir das décadas de 1980. Esses estudos porém, não tem interagido
com a elaboração dos livros didáticos de História de Alagoas, nem na formação
de professoras/es, na medida em que o
ensino persiste em deslocar os indígenas para o passado colonial. O que implica
num distanciamento entre produção acadêmica o Ensino de História na Educação
Básica em Alagoas onde os principais sujeitos interessados nessas histórias são
os povos indígenas.” (FERREIRA, 2016, p. 113)
Com
isso, ficou evidenciado que a história indígena era marginalizada e silenciada
por grupos que não tem interesse que tais populações alcancem o lugar de
protagonistas no palco principal sobre a história de Alagoas e do Brasil. Por
isso, foi apresentado aos alunos um panorama geral das comunidades indígenas,
evidenciando a história do povo Xucuru-Kariri.
Para
desempenhar a ação, começamos a apresentar algumas perspectivas sobre cultura,
para debater sobre a pluralidade étnica. Utilizamos a perspectiva proposta pela
pesquisadora Maria Regina Celestino de Almeida (2010), que usa o argumento de
cultura como processo de reelaboração ligado à experiência e dinamismo.
“[...]
A compreensão da cultura como produto histórico, dinâmico e flexível, formando
pela articulação contínua entre tradição e novas experiências dos homens que a
vivenciam, permite perceber a mudança cultural não apenas enquanto perda ou
esvaziamento de uma cultura dita autêntica, mas em termos do seu dinamismo,
mesmo em situações de contato extremamente violentas como foi o caso dos índios
e dos colonizadores.” (ALMEIDA, 2010, p. 22)
Foram
abordados os processos históricos vivenciados pelos povos indígenas ao longo de
suas trajetórias, promovendo assim, uma reelaboração cultural. Como ocorrido
nos Xucuru-Kariri que passaram por diversos processos de organização e
reorganização do seu território -
sobre
esses processos ver Martins (1994).
O
passo seguinte, consistiu em discutir, a partir de uma breve abordagem,
aspectos culturais e históricos dos doze povos indígenas habitantes no estado
de Alagoas. No decorrer das aulas, diversas questões foram levantadas pelos
alunos, como a diferença entre os termos aldeia e tribo, o significado das
pinturas corporais, informação sobre a religião e costumes. Esses pontos
suscitaram debates intensos e muitas vezes calorosos entre os alunos.
A
proposta inicial que consistia na discussão e exposição das histórias de
conflitos, protagonismos e busca por direitos dos Xucuru-Kariri foi efetivada.
Para isso, começamos trabalhando com a dissertação de mestrado do Antropólogo
José Adelson Peixoto Lopes (2013), que analisou, de forma aprofundada, o acervo
fotográfico de dois personagens: Luiz Barros Torres, um dos responsáveis pela
criação do Museu Xucuru de História, Artes e Costumes, autor lenda de fundação
- Tilixi e
Tixiliá, fazendo referências ao índio de maneira estereotipada, muitas vezes
utilizado nas escolas como recurso didático - e do brasão do município de Palmeira
dos Índios, e o outro Lenoir Tibiriçá, ex-Pajé da aldeia Mata da
Cafurna. Através desse estudo, (PEIXOTO, 2013) discutiu sobre os conflitos de
memórias presentes nas fotografias nos acervos desses dois indivíduos.
Esse
trabalho serviu como base para as aulas, pois nele pudemos encontrar caminhos
para resolver as indagações iniciais, tanto dos pibidianos quanto dos alunos.
Porém, vale ressaltar que não nos detemos apenas a essa pesquisa. Também foram
discutidos trabalhos que faziam referência a conflitos territoriais,
identidade, estereótipos, preconceitos, invisibilidade e religião - ver Santos
(2017); Neves (2017); Mendonça (2018); Santos (2018) e Silva (2018).
Considerações
finais
A
obrigatoriedade da inclusão do ensino de história e cultura indígena em escolas
públicas e particulares, contribui para a democratização das informações sobre
o universo indígena, intervindo nos valores do aluno e em sua maneira de
perceber o mundo. Trabalhar esses
conteúdos numa perspectiva ampla, significa extrapolar os limites físicos da
escola, provocando uma análise reflexiva sobre o lugar ocupado pelos índios,
tanto no passado quanto no presente. Sobre essas práticas, o professor provoca
intervenções no ambiente social do educando, através das transformações no modo
como ele concebe seus pensamentos e atitudes, aliando o saber à análise
crítica.
Nesse
contexto, percebe-se que o professor de história não deve se limitar ao
conhecimento que pode transmitir aos alunos apenas em sala de aula, mas com o
seu envolvimento social, fazendo-o intervir no espaço em que está inserido,
partilhando de problemáticas como a mudança na percepção sobre os povos
indígenas no Brasil, que tem sido tão atual e presente em espaços educacionais,
distanciando-os das generalizações, enganos históricos e visão pejorativa sobre
os índios.
Referências
Bolsista PIBIC/FAPEAL, Graduando
em História pela Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL/Campus III. Palmeira
dos Índios. Membro do Grupo de Pesquisas em História Indígena de Alagoas –
GPHIAL. Trabalho orientado pelo Prof. Dr. José Adelson Lopes Peixoto. E-mail: yurirodrigueshis@gmail.com
Professora
no Ensino Fundamental em Igaci/AL. Mestra em História pela UFCG. Membro do
Grupo de Pesquisas de História Indígena de Alagoas – GPHIAL, coordenado pelo
Prof. Dr. José Adelson Lopes Peixoto.
ALMEIDA,
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do Brasil. Rio de Janeiro: FGV, 2010.
BRASIL.
Decreto Nº 6.094 de 24 de abril de
2007. Disponivel em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6094.htm.
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Boa tarde Yuri Franklin dos Santos Rodrigues e Deisiane da Silva Bezerra. Sou formada em Pedagogia e entendo como é importante o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, pois durante minha graduação participei do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência da Universidade do Estado de Minas Gerais, subprojeto Interdisciplinar Cultura afro brasileira e Educação. O PIBID possibilita o dialogo da Universidade com a Educação Básica é o seu texto nós mostra a relevância desse trabalho sobre a aplicabilidade da Lei 11.645/2008 no ensino de História.
ResponderExcluirBoa noite, Rosângela. Nosso trabalho, tentou exatamente apresentar a importância do PIBID na formação docente contribuindo com o diálogo entre Universidade e Educação Básica. E paralelamente suscitar discussões sobre a aplicabilidade da Lei 11.645/2008, que apesar de completar 10 anos de sua aprovação, sua execução é - na escola observada - esquecida ou negligenciada.
ResponderExcluirAgradecemos pelo seu riquíssimo comentário.
YURI FRANKLIN DOS SANTOS RODRIGUES
Olá, Yuri e Deisiane.
ResponderExcluirMuito importante relatarem a experiência de iniciação à docência que vivenciaram junto ao projeto do PIBID, uns dos poucos que se destinam a fomentar e incentivar a docência. Fica evidente como esse programa possibilitou a experiência de vocês com a docência. Pensar sobre os aspectos que confirguraram a formação social de Alagoas, através do debate histórico sobre a
comunidade de Palmeira dos Índios, demonstra como a inclusão do ensino sobre as culturas indígenas em todas as escolas brasileiras, se apresenta como um possibilidade de enfrentamento aos discursos de intolerância e preconceito, que por muito tempo, estiveram presentes nos livros didáticos utilizados pelos professores de história.
Bom dia, Megi Dias. A invisibilidade dos povos indígenas na história de Alagoas e Palmeira dos Índios, nos fez refletir sobre o não reconhecimento dos processos históricos e da experiência de contato interétnico das populações indígenas. Desconsiderando o processo de misturas culturais abrindo espaços para estereótipos irraigados por muito tempo no imaginário da sociedade local, disseminado nas instituições de ensino.
ResponderExcluirYURI FRANKLIN DOS SANTOS RODRIGUES
DEISIANE DA SILVA BEZERRA