O USO DAS
TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
Franciele
Aparecida de Araujo
Rudy Nick Vencatto
As novas tecnologias e o acesso facilitado a elas
têm proporcionado uma mudança comportamental na sociedade, principalmente entre
os jovens. Este processo de transformação vem ocorrendo de uma forma lenta e
gradual, porém, como aponta VAN DAL (2013), é um processo irreversível. Neste
sentido, refletir sobre estas mudanças sociais e culturais é imprescindível
para compreendermos as formas comportamentais dos jovens na sociedade
contemporânea.
Para VAN DAL (2013, p. 2), ao longo da história da
humanidade, o homem sempre procurou desenvolver métodos e técnicas de
comunicação. Assim, desde a invenção das primeiras formas de comunicação em gestos,
em pinturas nas paredes e nas primeiras formas de escrita o homem vem
aperfeiçoando suas técnicas. Este aperfeiçoamento torna-se possível,
concomitante ao surgimento de novas tecnologias.
Desta forma, as tecnologias atuais têm nos
proporcionado um amplo leque de possibilidades de comunicação. É possível dizer
que os usos das tecnologias e da gama de ferramentas que ela nos proporciona
tem alterado a nossa forma de viver, de consumir e de se relacionar uns com os
outros.
Diante da velocidade das transformações
tecnológicas em nossa sociedade, o modelo escolar, mesmo que, em sua maioria
está engessada em modelos tradicionais de educação, também recebe influência
das tecnologias no cotidiano escolar. Sendo assim, a escola não pode ficar de
fora desse processo tecnológico. Pelo contrário, é necessário inserir-se neste
movimento e elaborar estratégias para que os professores consigam desenvolver
práticas pedagógicas utilizando as mais diversas ferramentas tecnológicas
disponíveis.
É importante pensar que os usos das tecnologias em
sala de aula tem como papel fundamental, potencializar a aprendizagem dos
discentes, promovendo uma maior interação entre alunos, professores e a
produção do conhecimento. Além disso, é imprescindível que os envolvidos no
processo educacional tenham em mente que as ferramentas tecnológicas são meios
metodológicos para processo de ensino-aprendizagem, proporcionando a melhor
assimilação e apreensão dos conteúdos pelos alunos.
Os alunos estão cada vez mais conectados às mídias:
celulares, tablets, nootbooks, internet e redes sociais fazem parte do seu
cotidiano, inclusive do cotidiano dos professores. Entretanto, é possível
observar no dia-a-dia em sala de aula que estas ferramentas tecnológicas, de um
modo geral, não fazem parte do cotidiano na escola, nem dos professores, muito
menos dos alunos. Inclusive, em algumas escolas é proibido o uso de celulares
durante o horário de aula.
Uma das perguntas que se deve elaborar para
reflexão acerca da prática pedagógica é sobre o papel da escola diante desta
realidade. A atuação da escola neste processo é de auxiliar os discentes na
melhor utilização das mídias e das tecnologias ensinando-os a interpretá-las
com criticidade, principalmente conteúdos da internet e redes sociais,
oferecendo subsídios para que sejam utilizadas a favor da educação e, não
contra ela.
Neste sentindo, ao olhar para a sociedade
contemporânea e observar o crescimento, a difusão da internet e as diversas possibilidades
de uso dos recursos tecnológicos, tanto na vida escolar como na vida social,
pode-se dizer que as pessoas possuem “o mundo em suas mãos” e deveriam
utilizá-lo para acrescentar informação, conhecimento e não apenas diversão. De
acordo com Prensky (2001), mencionado por Campos e Giraffa (2011), atualmente
os discentes podem ser considerados como “nativos digitais”. Nas palavras das
autoras:
“Nativos digitais são aqueles que nasceram num
mundo imerso em tecnologias digitais e desde sua infância convivem com aparatos
diversos e associam um botão de mouse
como porta para um grande mundo virtual. Enquanto seus professores observam o mouse como recurso a ser transposto, com
habilidades a serem construídas, causando sérios problemas por não assumirem a
necessidade de se criar modelos pedagógicos inovadores que incorporem essas
possibilidades ofertadas pelo ciberespaço. (CAMPOS; GIRAFFA, 2011, p.9).”
Embora a expressão “nativos digitais” seja uma
expressão datada por este autor no início do século XXI, refletir sobre os
discentes hoje, inseridos nesta perspectiva, torna-se uma discussão atual e
fundamental para compreender a realidade escolar que vivemos. De um modo geral,
os professores não são “digitais natos” e, por isso, é preciso estar em constante
processo de formação e busca de conhecimentos para que possa incorporar as
diversas mídias em sua prática pedagógica. Um processo complexo, que demanda
estudo e tempo, pois será necessário que o professor domine a ferramenta que
utilizará em sala de aula, além de ter a capacidade para orientar os alunos a
utilizá-la da melhor forma possível.
Um dos grandes desafios dos docentes na atualidade
é elaborar aulas com conteúdos e práticas que sejam atrativas aos olhos dos
alunos. Uma das alternativas para conseguir conquistar a tão desejada atenção
dos alunos, pode ser o uso de ferramentas tecnológicas. Entretanto, o uso das
ferramentas deve vir acompanhado da prática, ou seja, os alunos devem ser
produtores de conhecimento e podem utilizar as ferramentas tecnológicas para
isto. Como por exemplo: produção de vídeos, elaboração de mapas mentais, apresentações
interativas, ebooks, criação de histórias em quadrinhos, entre outros.
No entanto, os docentes devem tomar o cuidado para
utilizar as mídias de forma correta em sala de aula, pois estamos falando com
uma geração que já está acostumada a utilizar as tecnologias digitais. O
professor, precisa estar atento e informado sobre o recurso que irá utilizar em
sala de aula, para apresentar novas formas de usos das ferramentas
tecnológicas. Isto é, o professor vai mostrar aos estudantes que é possível
utilizar o celular para buscar informações e produzir conhecimento,
potencializando seu aprendizado escolar e na vida social como um todo.
Um dos desafios do professor é encontrar uma forma
para lidar com a diversidade das diferentes visões de pensamento e das realidades
sociais existentes dentro da sala de aula. Em alguns momentos o professor
encontrará turmas em que boa parte dos discentes estarão excluídos do universo
digital e precisará rearticular suas estratégias em sala de aula, em outras,
encontrará turmas que dominam o uso destas ferramentas com facilidade. Uma das
formas de superar este desafio é conhecer a realidade socioeconômica e a partir
disto, planejar e elaborar as metodologias a serem utilizadas, encontrando uma
saída para que todos os alunos, mesmo os que não têm acesso às tecnologias
consigam desenvolver as atividades e se sintam parte do processo educativo.
O processo educacional da atualidade deve-se levar
em conta que o professor não é mais a única fonte de informação. Os alunos tem
acesso a diversos meios de comunicação e chegam a eles a todo o momento, as
mais variadas informações, verdadeiras e/ou falsas, boas e/ou ruins. Mas, uma
questão crucial é que na maioria das vezes, os estudantes ainda não conseguem
fazer uma filtragem e ainda precisam de um amadurecimento para conseguir olhar
para estas informações de maneira crítica e consciente.
Neste sentido, o professor tem o papel de
direcionar e mediar o conhecimento para orientar os alunos a olhar para os
conteúdos de forma crítica, orientá-los que é importante buscar mais de uma
fonte de informação, entender diversos pontos de vistas, para só depois,
elaborar a sua visão sobre o assunto e construir o seu conhecimento.
É um grande desafio para nós, professores.
Entretanto, é um desafio que deve ser superado com a busca constante pelo
aperfeiçoamento pedagógico para conseguir fazer esta mediação do conhecimento e
promover um ensino/aprendizagem crítico em que aluno e professor sejam capazes
de utilizar as mídias para a construção do conhecimento.
Segundo Chartier (2010), a
textualidade eletrônica transforma a maneira de organizar e analisar as
argumentações históricas, bem como os critérios que podem orientar um leitor
para aceitar ou rejeitar tais discursos. De acordo com este autor, para avaliar
ou rejeitar o argumento, o leitor pode agora se apoiar na consulta de textos
imagens, áudios que são o próprio objeto do estudo. Neste processo, o leitor
tem a possibilidade de torna-se pesquisador e refazer o percurso da pesquisa.
Nas palavras de Chartier (2010):
“Esses três dispositivos clássicos da
prova da história (a nota, a referência, a citação) estão muito modificados no
mundo da textualidade digital a partir do momento em que o leitor é colocado em
posição de poder ler, por sua vez, os livros que o historiador leu e consultar
por si mesmo, diretamente, os documentos analisados. (CHARTIER, 2010, p. 61).”
No mundo da textualidade digital os
três dispositivos clássicos utilizados como provas no campo da História são
modificados na medida em que o leitor é colocado em posição de poder, pois
consultar as fontes e a bibliografia do autor, dando-lhe autonomia nas
análises, modifica profundamente as relações de construção e validação dos
discursos. Ao mesmo tempo, promove uma alteração no próprio processo de
investigação e produção do conhecimento histórico.
Portanto, podemos afirmar que nossos
alunos em seu processo de aprendizagem também têm passado por transformações. O
discente do século XXI não é mais um agente passivo, pelo contrário, agora ele
também tem acesso às informações com mais facilidade e não aceita um argumento
vazio. Agora ele questiona, investiga e participa ativamente de sua
aprendizagem, sendo ao mesmo tempo, receptor e produtor do conhecimento.
Diante do exposto, pensando nos desafios da
profissão docente, os professores da disciplina de História enfrentam algumas
dificuldades em relação ao conteúdo da sua disciplina e a forma de transmissão
do conhecimento histórico aos seus alunos, principalmente por se tratar de uma
disciplina teórica. Assim, é imprescindível que os professores de História
elaborem diversos conteúdos e estratégias variadas para tornar suas aulas mais
atrativas, ao mesmo tempo em que contribuem para construção do conhecimento de
forma crítica, tornando-os cidadãos conscientes de seu papel na sociedade.
É importante pensar que a linguagem e a mídia
escolhida pelo professor de forma planejada e adequada proporcionará um melhor
aprendizado aos alunos. Além disso, a utilização variada das diversas mídias
aproximará os alunos do conteúdo com o seu cotidiano através de uma linguagem
de fácil compreensão e interessante aos olhos de um adolescente que nasceu em
uma era digital. Como aponta Moura (2009) é preciso estar ciente dos conteúdos
que será ensinado e como o será. Em suas palavras:
“O professor de História antes de adotar novas
tecnologias no seu trabalho educacional, precisa primeiramente, definir o que
ensinar, por que ensinar e como ensinar a História. E com uma sólida
fundamentação teórica para que suas práticas não se tornem meras repetições de
conteúdos pouco atraentes” (MOURA, 2009, p.8).
Enquanto professores, nós temos o papel de
mediadores do conhecimento, pois o discente não é mais o aluno passivo, que
recebe o conteúdo apresentado pelo professor sem questionamentos. Assim,
perceber o aluno enquanto um agente ativo neste processo de aprendizagem
torna-se um elemento fundamental para a atuação em sala de aula, compreendendo
que questionamentos e dúvidas permeiam seu universo em meio a um “furacão” de
informações. Para Bezerra (2010):
“A aprendizagem de metodologias apropriadas para a
construção do conhecimento histórico, seja no âmbito da pesquisa científica
seja no do saber histórico escolar, torna-se um mecanismo essencial para que o
aluno possa apropriar-se de um olhar consciente para sua própria sociedade e
para si mesmo” (BEZERRA, 2010, p. 42).
Pensar o ensino crítico propõe um
ensino autônomo, permitindo a construção do conhecimento de forma ativa,
transformando o aluno em sujeito ativo, capaz de transformar sua realidade a
partir das experiências vivenciadas na educação. É fundamental que o docente
tenha em mente o conteúdo e as ferramentas que irá utilizar em sala de aula,
bem como a metodologia que será utilizada para a transmissão do conhecimento.
Durante a prática docente, é comum encontrar
professores de História reclamando da falta de motivação dos alunos em relação
à disciplina. A falta de interesse nas aulas envolve diversas questões e, uma
delas, pode estar relacionada a seleção de atividades e metodologias propostas
aos educandos.
A reflexão que devemos nos propor é sobre quais
formas de abordagens estamos utilizando para chamar atenção dos nossos alunos e
tornar as aulas de História prazerosas e motivadoras? Quais metodologias e
ferramentas podemos fazer uso para atingir estes objetivos? Segundo a
perspectiva de Cano (et.al., 2009):
“A utilização das novas tecnologias de informação e
comunicação, a abordagem histórica a partir de novos objetos de estudo, o uso
de metodologias diferenciadas de ensino e a utilização de diferentes linguagens
podem fazer o aprendizado de História tornar-se cada vez mais acessível e
prazeroso para grande parte dos nossos alunos” (CANO, et.al., 2009, p. 130).
Cabe destacar, que com o uso de diferentes
tecnologias e metodologias variadas, poderemos atingir “grande parte dos nossos
alunos”, como aponta o autor, pois dificilmente o docente conseguirá atingir a
atenção e interesse da totalidade dos discentes em todas as aulas. Pelos mais
diversos motivos, existem alunos que não se sente parte do meio educacional ou
não vê motivação nos estudos e não demonstrará interesse pelas aulas.
No entanto, quando conteúdos “velhos” são tratados
com ferramentas novas, com uma linguagem acessível e elementos que fazem parte
da cultura juvenil, temos aí o “frescor” do conhecimento, o cheiro do novo no ambiente
escolar que pode fazer a diferença no desenvolvimento das aulas e proporcionar
aos alunos um aprendizado que vai além dos livros didáticos, contribuindo para
a constituição de um sujeito crítico em relação ao meio social em que vive e
autônomo para a produção do conhecimento.
Compreendendo que os docentes devem estar em
processo contínuo de aprendizagem e a formação continuada deveria ser
oportunizada com frequência aos docentes, compartilharemos algumas possibilidades
de usos das ferramentas tecnológicas na disciplina de História.
É importante frisar que não existe uma “receita
pronta” para uma boa aula de História, pois este é um caminho de descoberta
trilhado pelo docente ao longo de sua prática. Entretanto, sugerimos a seguir
alguns exemplos e propostas de atividades que podem ser realizadas utilizando
variadas ferramentas tecnológicas, potencialmente úteis para tornar a
disciplina de História, uma área do conhecimento atraente e inserida na nova
era digital.
1) Produção de Vídeo: Começaremos com uma
ferramenta tecnológica simples e que pode facilmente ser utilizada pelos
alunos. Trata-se da produção de vídeos pelos próprios alunos com o uso de seus
celulares. O professor deve orientar os discentes para que escolham a temática
que irá investigar. O objetivo do trabalho é que os alunos investiguem a sua
localidade e produzam filmagens para editar um vídeo, contribuindo para que se
percebam como parte da História e enquanto produtores do conhecimento
histórico.
2)Rádio na Escola: Esta
ferramenta tecnológica, embora não seja uma tecnologia recente, pode contribuir
em diversos aspectos para a disciplina de História. A proposta é que se
desenvolva pelo menos por algum período uma rádio na escola, para alegrar e
tornar os intervalos mais divertidos. Promover uma visita de campo à uma rádio
da cidade para que os alunos conheçam seu funcionamento. Após a visita,
organizar os grupos para que elaborem uma programação e executem a rádio na
escola durante o intervalo.
Fonte:
HQ produzida pelos autores a partir do site Pixton
Ao trabalhar com as HQs, o docente tem a
possibilidade de despertar o interesse pelo conteúdo, ao mesmo tempo em que
pode-se sugerir a confecção de HQ pelos discentes, contribuindo também para
desenvolver sua criatividade e criticidade.
4) Jogos Online: Os jogos apresentam-se como uma excelente
ferramenta para trabalhar o conteúdo de forma lúdica. Com os jogos os alunos
apreendem brincando e a aprendizagem torna-se mais divertida. O resultado da
aprendizagem associando conteúdo e jogos são potencialmente satisfatórios. Na
disciplina de História há vários jogos que podem ser utilizados pelo docente
para tornar o conteúdo mais atraente e reduzir o peso da teoria que recai sobre
a disciplina. É comum que em um primeiro momento, os alunos percebam a
atividade apenas como diversão. Mas a partir do momento que o docente explicita
seus objetivos, as associações com o conteúdo começam a ser desenvolvidas.
Há diversos jogos online que podem ser utilizados
na disciplina de História. Elencamos alguns jogos que foram trabalhados com os
alunos pelos autores: “Era Feudal” – permite ao docente apresentar a composição
dos feudos, bem como a divisão e organização social durante o feudalismo;
“Tríade” – possibilita ao docente discutir questões referentes à Revolução
Francesa. O jogo possui elementos gráficos sofisticados o que acaba atraindo
ainda mais a atenção dos adolescentes; “Comércio Colonial” – É possível
identificar elementos relacionados ao comércio triangular, rotas marítimas e
pirataria durante o século XVI; “Jogo da Memória sobre Iluminismo” – Associação
entre os pensadores iluministas e suas principais ideias. Enfim, são diversas
possibilidades de jogos de História que podem ser trabalhados em sala de aula.
Além destes supracitados, existem outros que podem ser facilmente encontrado em
sites de busca.
Após desenvolver
diversas atividades com os alunos do ensino fundamental, chegamos a conclusão
de que as ferramentas tecnológicas possuem um significado especial na
disciplina de História. Foi possível observar o despertar do interesse pela
disciplina, a curiosidade do que irá ser trabalhado no dia e de que forma
aquele conteúdo seria discutido em sala.
Usar tais
ferramentas em sala de aula é um grande desafio aos professores e as escolas do
século XXI. Não podemos cercear os alunos destas atividades, ao mesmo tempo em
que há a necessidade de uma conscientização a respeito do seu uso, dentro e
fora do ambiente escolar. Para Schmidt,
“Os educandos
poderiam adquirir a capacidade de realizar análises, inferências e interpretações
acerca da sociedade atual, além de olhar para si e ao redor com olhos
históricos, resgatando, sobretudo, o conjunto de lutas, anseios, frustações,
sonhos e a vida cotidiana de cada um, no presente e no passado. (SCHMIDT, 2010,
p.65).”
Para finalizar,
faz-se necessário destacar que as ferramentas tecnológicas podem oferecer
importantes avanços no processo de ensino/aprendizagem. Entretanto, se o
docente não tomar o cuidado de elaborar suas aulas, de dominar as ferramentas
que irá utilizar em sala e deixar claro quais as finalidades da atividade
proposta, não alcançará os objetivos desejados. Lembrando que as novas
ferramentas tecnológicas não substituem aulas expositivas, textos explicativos
e nem o “bom” e “velho” planejamento.
Referências
ARAUJO, Franciele Aparecida. Doutora em História
Social – Universidade Federal de Uberlândia-UFU. Docente da Secretaria de
Estado da Educação do Paraná – SEED.
VENCATTO, Rudy Nick. Doutor em História Cultural.
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Docente do Instituto Federal do
Paraná.
BEZERRA,
Esvertilana Bonfim; LOPES, Maria Aparecida Toledo de Melo. A Importância do
professor na sociedade atual: desafios e perspectivas. Imperatriz, 2002.
Monografia (Graduação Licenciatura em História) Departamento de História e
Geografia, Universidade Estadual do Maranhão – Campus de Imperatriz.
CHARTIER, Roger. A
História ou a Leitura do Tempo. 2ªed. Belo Horizonte: Autentica Editora, 2010.
CAMPOS, Marcia de
Borba; GIRAFFA, Lucia Maria Martins. Do pó de giz ao byte: uma reflexão acerca
do uso de tecnologias na sala de aula. In: Caderno Marista de Tecnologia
Educacional. Brasília: Umbrasil, 2011, v.1.
COMERCIO
COLONIAL. Disponível em: http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=8211. Ultimo acesso:
15/03/2018.
ERA
FEUDAL. Jogo disponível em: https://historiadigital.org/jogos/game-era-feudal/. Acessado em
15/03/2018.
IDADE
DA PEDRA. Este jogo pode ser acessado no link: https://historiadigital.org/jogos/game-vida-na-idade-da-pedra/. Último
acesso em 15/03/2018.
ILUMINISMO,
Jogo da Memória. Disponível em: http://www.noas.com.br/ensino-medio/historia/jogo-da-memoria-iluminismo/. Ultimo
acesso em 15/03/2018.
MOURA, Mary Jones
Ferreira. O Ensino de História e as Novas Tecnologias: Da Reflexão à Ação
Pedagogica. ANPUH, 2009. Disponível em: http://anais.anpuh.org/wp-content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S25.0923.pdf Acesso em 12/10/2017.
PIXTON,
Criador de HQ: Endereço Eletrônico: https://www.pixton.com/br/. Acesso em 21
abr. 2017. Endereço de acesso para a HQ supracitada: https://www.pixton.com/br/comic-strip/g4zcvz90.
SCHIMDT,
Maria Auxiliadora. A formação do professor de História e o cotidiano da sala de
aula. In: BITTENCOURT, Circe (Org.) O Saber Histórico na sala de Aula. 11.ed.,
4ªreimp. – São Paulo: Contexto, 2010. P. (54-65).
TRÍADE,
Revolução Francesa. Este jogo é um
arquivo que pode ser facilmente baixado no computador. Basta
acessar o site e clicar no link indicado. Disponível em: https://historiadigital.org/jogos/revolucao-francesa-no-triade/. Acesso
em 10/05/2017.
VAN
DAL, Jorge Luíz Garcia. Convergência de mídias: o receptor como protagonista do
processo comunicacional. 9º
Interprogramas de Mestrado em Comunicação da Faculdade Cásper Líbero,
2009. Disponível. http://www.casperlibero.edu.br. Acesso em 20/11/2017.
Sabemos da necessida de novas práticas de ensino mas também sabemos da realidade em que as escolas públicas se encontram e de como a disciplina de história é mal compreendida, estudos como esse são de grande importância para que essa realidade comece a se transformar, sendo assim,É possível que apenas o professor tenha conhecimento sobre essa dificuldade e como ele pode mostra lá para seu público?
ResponderExcluirThamyres Lorena Ferreira de Souza
Oi Thamyres, temos que considerar que existem diversas realidades escolares, inclusive dentro de uma mesma sala de aula, encontraremos realidades distintas, por isso, cabe ao professor conhecer sua turma e ir aos poucos identificando o que pode ou não dar certo para ser trabalhado em sala. Algumas atividades não dará certo com algumas turmas, mas só experimentando para saber. Em alguns casos, medidas simples podem solucionar o impasse, como por exemplo, na atividade que expomos no texto de produção de vídeo através dos celulares. Como resolver o problema de que nem todos os alunos possui um celular? Propor a atividade em grupos e que pelo menos alguém do grupo tenha celular em mãos. Encontrar uma forma de tornar as aulas de História prazerosa não é tarefa fácil, mas é um caminho a ser trilhado.
ExcluirFranciele Aparecida de Araujo/Rudy Nick Vencatto
Abraço!!
Oi Thamyres, temos que considerar que existem diversas realidades escolares, inclusive dentro de uma mesma sala de aula, encontraremos realidades distintas, por isso, cabe ao professor conhecer sua turma e ir aos poucos identificando o que pode ou não dar certo para ser trabalhado em sala. Algumas atividades não dará certo com algumas turmas, mas só experimentando para saber. Em alguns casos, medidas simples podem solucionar o impasse, como por exemplo, na atividade que expomos no texto de produção de vídeo através dos celulares. Como resolver o problema de que nem todos os alunos possui um celular? Propor a atividade em grupos e que pelo menos alguém do grupo tenha celular em mãos. Encontrar uma forma de tornar as aulas de História prazerosa não é tarefa fácil, mas é um caminho a ser trilhado.
ResponderExcluirAbraço!!
Franciele Aparecida de Araujo
ExcluirRudy Nick Vencatto
Existe um grande desafio, como diz o texto os alunos que vem dessa nova geração extremamenta mais conectada possuem mais dificuldade em lidar com um modelo de ensino rígido e que se ampara apenas no livro didático e no quadra. Aulas expositivas se não preparadas adequadamente se tornam entendiantes e sabemos que a História possui um grande pode de atração natural, mas sem didática qualquer aula pode se tornar um desastre.
ResponderExcluirNo Brasil atualmente enfrentamos alguns desafios na Escola seja a falta de recursos, a falta de suporte ou seja a falta de aperfeiçoamento disponível. Existe uma forma que seja possível de alcançar em um nível nacional, um piso que possa ser traçado para que as escolas possam ter recursos, os professores suporte e a comunidade escolar como um todo preparada para receber novas formas de ensino e aprendizagem?
GUSTAVO GOMES DE MEDEIROS
Oi Gustavo, sem dúvida acredito que seja possível termos uma escola pública de qualidade e inserida na "nova era digital". Primeiramente deve haver investimentos do Estado, principalmente na educação infantil e básica, para que tenhamos uma boa infraestrutura, salários melhores para os professores, mais tempo para preparo de aulas e uma formação continuada aos docentes que seja de qualidade, para que os docentes, tanto os iniciantes como os professores mais experientes possam ter conhecimento suficiente para desenvolver metodologias diferenciadas com seus alunos. No início do ano de 2017 foi feita uma pesquisa pela SEED com os docentes da rede básica em que se questionava qual era a frequência de uso de celulares e computadores em seu dia. A maior parte dos docentes responderam que usam tecnologias no seu dia-a-dia e até no preparo de aulas, porém a grande maioria não utiliza estes recursos na sala de aula. Inclusive, a maioria das escolas, mesmo tendo internet disponível no estabelecimento não permite o uso de celulares e nem de internet em sala pelos alunos (o que não os impedem que façam uso do mesmo). Portanto, além da questão do investimento na educação pelos governantes que é fundamental, é necessário uma mudança na percepção da comunidade escolar em como lidar com a "era digital" e com os "nativos digitais", o que na nossa opinião tornará possível com formação continuada baseada nas TICs.
ExcluirFranciele Aparecida de Araujo/Rudy Nick Vencatto
Boa tarde Franciele!
ResponderExcluirGostei bastante da sua obra e como você retrata é bem perceptível como o uso das novas tecnologias na sala de aula vem se tornando cada dia mais importante. Minha dúvida é a seguinte Franciele: Quais métodos, além dos já citados, você indicaria para o professor (a) trabalhar com as novas ferramentas da era digital como projetor de slides, redes sociais, entre outros de uma forma que a aula seja mais interativa? E quais conteúdos na disciplina de história possibilitam de forma mais contundente o uso das novas tecnologias?
Desde já agradeço a resposta.
NILDO DOVAL MOUTIM
Olá Nildo, obrigada! Não temos como fugir, os "nativos digitais" estão em nossas salas de aula pedindo essas metodologias com o uso de tecnologias. Uma ótima forma para o uso de projetor de slides é utilizá-lo como uma tela interativa, como por exemplo, projetar a imagem de um mapa no quadro branco e fazer com os pinceis os possíveis caminhos da chegada do homem na América, as grandes navegações do século XV e XVI, as expansões territoriais dos impérios da antiguidade; Outro exemplo, bem simples é projetar uma cruzadinha e corrigi-la no quadro; Projetar um mapa mental com imagens, datas e ir acrescentando outras informações conforme o andamento das explicações, utilizar para jogos online (ja fiz isso diversas vezes e dá super certo) e solicitar que cada aluno tente jogar, pode ser o mesmo jogo ou fases distintas de um jogo; fazer uma avaliação online através dos quiz e questionários online, que o professor pode elaborar ou utilizar algo pronto da internet. Com as redes sociais, podemos utilizar o Whatsapp para trocar informações, compartilhamento de vídeos, imagens, resumos ou até mesmo fazer uma "sala de debates", o que pode ser feito também com o facebook. Nestes casos, para não correr o risco de algum aluno ficar excluído da atividade por não ter face ou whats, pode-se solicitar que faça o debate em grupo ou pedir o celular emprestado para o colega e assinar o nome...Essas atividades mencionadas podem ser trabalhadas com qualquer conteúdo.
ResponderExcluirEnfim...há inúmeras possibilidades!! É trabalhoso? Sim, rsrs!!! As vezes exige uma ou duas horas de preparo para uma aula e esta aula pode não sair como planejado. Mas é um caminho!! Sonho com o dia em que professores do ensino infantil e básico tenham 50% de sua carga horária para preparo de suas aulas, mas infelizmente enquanto isso não acontece, se quisermos fazer algo diferente é preciso dedicação para buscarmos ferramentas alternativas.
Esperamos ter contribuído!
Grande Abraço
Franciele Aparecida de Araujo/Rudy Nick Vencatto
Olá, Franciele e Rudy.
ResponderExcluirO trabalho que realizaram, deixa evidente que as formas de ensinar história foram impactadas com o uso das novas tecnologias. Agora, o professor tem que possuir capacidades que modificaram sua relação com o conteúdo da disciplina e com a forma de ensinar história aos alunos. Diante, dessa nova realidade social que modificou professor e aluno é importante que o docente elabore diferentes conteúdos e estratégias. Utilizando as novas tecnologias como uma ferramenta didático-pedagógica capaz de dinamizar o conhecimento histórico, inclusive gerando novas metodologias de ensino de história (jogos online, produção de video, produção de HQs).
Olá Megi, com certeza as conjunturas sociais exigem mudanças na forma de ensinar história para tornar o ensino mais atrativo aos olhos dos alunos que ja possui o mundo em suas mãos através dos celulares. Trabalhar os "velhos" conteúdos com uma "roupagem nova" faz toda a diferença. Obviamente que o ensino através das TICs não garante um encantamento geral dos alunos pela disciplina ou um sucesso de aprendizagem de 100% da turma e isto é o legal de ensinar, porque te coloca a cada dia, a cada turma e a cada conteúdo um desafio pelo frente!!!
ExcluirAbraço!
Franciele Aparecida de Araujo/Rudy Nick Vencatto
Primeiramente, parabepa pela escolha do tema. Acheio muito interessante o texto. Pois, o acesso a tecnologia está cada vez mais presente em sala de aula. Porém, o professor ainda tem muita dificuldade para utilizá-la em suas aulas. Através dessa comunicação, descobri por exemplo esse site cria HQ's, gostei também da da proposta do vídeo, principalmente para se trabalhar sobre História local.
ResponderExcluirAtenciosamente,
Edivaldo Rafael de Souza.
*"Parabéns"
ResponderExcluirOi Edivaldo, obrigada! Este site de produção de HQ é fantástico!!
ExcluirEm relação a produção de vídeo, esta é uma atividade que você pode trabalhar a introdução às fontes históricas, a história local, entrevistas sobre racismo, xenofobia, transformações territoriais. Tive um exemplo muito legal em sala de aula com um aluno que nunca se interessava em fazer nenhuma atividade. Assim que propus o trabalho de produção de vídeo, ele foi um dos que mais se interessou e achou o máximo. Ele e seu grupo, pesquisaram sobre uma escola rural que estava abandonada e o resultado foi incrível. O trabalho do grupo, comandado por este aluno foi o melhor trabalho: fizeram as gravações e editaram o vídeo e a partir daquele dia ele passou também a se interessar mais sobre História.
Franciele Aparecida de Araujo/Rudy Nick Vecantto