UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE AS NOVAS TECNOLOGIAS DIGITAIS E O ENSINO DE HISTÓRIA: A CONECTIVIDADE ENTRE A INTERNET E O ESPAÇO ESCOLAR.
Athos Matheus da Silva Guimarães


A sociedade humana está em intenso movimento e em constante comunicação. Utilizando dos mais diversos meios para estar se relacionando com os mais variados grupos sociais. Para isso, desenvolve inúmeros tipos de linguagens para atingir seus objetivos, desde a linguagem oral até a linguagem digital. Comunicar é necessário para a construção da sociedade em diversos âmbitos, sejam eles políticos, sociais ou culturais. As particularidades dos grupos são influenciadas por esses diálogos, pois possibilita a troca de ideias e opiniões, desenvolvendo embates e, assim, moldando as características de cada comunidade.

Essa mesma perspectiva ainda é presente em vários grupos sociais, a humanidade vai transformando a sua forma de interagir a partir de suas necessidades. O horizonte de expectativa é ampliado com o desenvolvimento que a população proporciona, sendo incluído as relações sociais nesse processo. A comunicação é uma peça-chave para perceber todas essas transformações, sensível as mudanças, ela demonstra as alterações que estão ocorrendo e se instalando na sociedade.

Uma das formas de perceber as alterações é o meio digital, ou melhor, a “linguagem digital”. Essa nova tecnologia proporciona uma dimensão de relacionamento social diferente de outros tipos de interação, a velocidade e a extensão desta linguagem possibilitam a interação com os mais diversos grupos sociais no mundo. Para Vania Kenski: “A tecnologia digital rompe com as formas narrativas circulares e repetidas da oralidade e com o encaminhamento continuo, fragmentado e, ao mesmo tempo, dinâmico, aberto e veloz” (KENSKI, 2012, p.32). Desta maneira, a linguagem dimensiona e proporciona relacionamentos com outros grupos e com novas estruturas na forma de se comunicar.

As novas tecnologias possibilitam o desenvolvimento de outras áreas tradicionais, como por exemplo, a educação. A interação entre esses campos, educação e novas tecnologias, desenvolve novas experiências de aprendizagem, no qual transforma aquele espaço em um local atrativo para os discentes. São novos estilos pedagógicos que “emergem” e estão sendo introduzidas no processo de aprendizagem.

É vivenciado um período de constante e acelerado desenvolvimento das tecnologias digitais, muito ainda está sendo produzido em torno destas ferramentas e da aplicabilidade em alguns setores. Contudo, essas novas tecnologias provocaram demarcações de gerações, as que nasceram em um momento que ainda não existia esse meio digital, ou em seu formato inicial, e a geração que nasceu com toda essa novidade tecnológica. Apesar de estarem ambos vivenciando tudo isso ao mesmo tempo, porém possuem experiências totalmente diferentes.

Para a geração que nasceu e cresceu sem tantos desenvolvimentos desta tecnologia, essas sentem as dificuldades na adequação a esses processos que muda continuamente, precisando se adaptar a tudo isso pelo movimento que está sendo produzido e, muitas vezes, sendo forçados a se adequar o mais rápido possível a esse meio. Segundo Kenski:

“É preciso buscar informações, realizar curso, pedir ajuda aos mais experientes, enfim, utilizar os mais diferentes meios para aprender a se relacionar com a inovação e ir além, começar a criar novas formas de uso e, daí gerar outras utilizações. (KENSKI, 2012, p.44).”

Desta maneira, é preciso se readaptar a todo este processo no qual se move de forma acelerada. Enquanto para geração que nasceu e cresceu neste meio digital as novas tecnologias são familiares e “crescem juntas”, ocorrendo da aprendizagem e o domínio mais rápido das novas tecnologias. Com o avanço digital é quase certo a necessidade de relacionar tudo da sociedade com essas novidades, principalmente o Ensino. Essa área, a educação, convive com a geração atual, intitulada de geração “y”, porem ainda tendo em suas estruturas voltadas para as metodologias tradicionais, entrando em conflito com o ritmo aplicado pelo meio. “A presença de uma determinada tecnologia pode induzir profundas mudanças na maneira de organizar o ensino” (KENSKI, 2012, p.44), a escola está envolvida totalmente com a sociedade e é necessário a introdução dessas novas tecnologias para o desenvolvimento do ensino mais próximo da realidade dos discentes.

É necessário que a escola parta, de forma adequada, para essa nova realidade, pois os próprios discentes não “dependem” exclusivamente da escola para os informa-los. A expansão das redes acarreta a expansão de informações e o acesso mais rápido aos mais diversos conteúdos presentes na internet. Os alunos não chegam, e nunca chegaram, desinformados na sala de aula, o conteúdo que a escola aplica pode ser visto de várias formas em questões de segundos. Para a Professora Kenski:

“[...] as redes de comunicação trazem novas e diferenciadas possibilidades para que as pessoas possam se relacionar com conhecimentos e aprenda. [...] uma verdadeira transformação, que transcende até mesmo os espaços físicos em que ocorre a educação. (KENSKI, 2012, p.47)”

É necessário direcionar seus métodos junto ao novo momento em que está se inserindo a sociedade. Com a inserção das novas tecnologias em todos os âmbitos da sociedade, se faz necessário repensar todas as bases, mas adequando seus pilares a uma nova realidade. Sendo necessário refletir sobre a prática docente, como anteriormente comentado, muitas pessoas não nasceram no meio digital, estão se adaptando a estes meios que estão em constante mutação, pode colocar neste rol os docentes que não nasceram com as linguagens digitais e nem formados com essa perspectiva nos níveis superiores.

A introdução das novas tecnologias nas aulas pela escola e os professores proporciona uma maior interação entre docente e discente, segundo a professora Adaiane Giovanni:
“Passada a reflexão sobre a entrada das TICs no ambiente escolar e a importância do repensar a pratica docente ao mesmo tempo em que se objetiva gerar uma maior interação entre os alunos, professores e gestores, assume importante papel conhecer a realidade das TICs em nível nacional no que se refere à educação” (GIOVANNI, 2017, p.8).”

As tecnologias se tornam peças-chaves para a construção de uma educação mais atrativa e dinâmica entre os personagens que participam do espaço escolar. Para que aconteça essa interação entre os personagens, é fundamental se inteirar nestas novas tecnologias, porém sabendo utilizar para como ferramentas pedagógicas, “O que passa cada vez mais necessária é fazer as estratégias de ensino, não fazendo as tecnologias ocuparem espaço de disputa, mas de suporte e enriquecimento da e para a pratica docente” (GIOVANNI, 2017, p.12). É transformar essas novas tecnologias postas para sociedade em uma ferramenta que desenvolva o ensino mais próximo da realidade dos discentes e seja atrativo para todos e todas que compõe o espaço escolar. “O verdadeiro potencial da História é a oportunidade que ela oferece de praticar a ‘inclusão histórica...’” (PINSKY; PINSKY; 2013, P. 28).

O desenvolvimento da internet é um processo acelerado, totalmente dinâmico e diversificado.

Para Dilton C. S. Maynard:

“[…] A emergência da internet está simultaneamente enraizada em dois mundos. Num primeiro plano, ela se desenha naquele cenário bipolarizado gerado pela guerra fria (1945-1991) e, ao mesmo tempo, num acidente descentralizado, cheio de protestos pacifistas e de contracultura. (MAYNARD, 2011, p.2).”

A internet é produzida para diversos fins e utilizado por inúmeros grupos das mais formas possíveis. O mundo comporta-se diretamente com o progresso da internet, apesar de ainda apresentar diversas falhas, porém tudo se direciona ao laço do mundo virtual. Segundo Maynard: “Deste modo, economias, atividades culturais, políticas governamentais, empreendimentos
comerciais, procedimentos e políticas de saúde, são pensadas a partir da sua inserção na web.” (MAYNARD, 2011, p.6). A Educação pode ser pensando nesta afirmação de Maynard, o ensino não pode ficar distante da realidade desenvolvida pela sociedade e é fundamental a introdução da mesma no espaço escolar.

A narrativa histórica ganha contornos com o desenvolvimento de novas linguagens, como por exemplo a digital. O campo da historiografia ganha novas imersões a partir das novas tecnologias, tanto da “história digital” quanto da história pública. O interesse pela história cresceu vertiginosamente em meio a sociedade, com produções cinematográficas até as construções de narrativas em blogs de pessoas sem serem, necessariamente, historiadoras.  Para Bruno Leal Pastor Carvalho e Anita Lucchesi: “Entendemos a história digital aqui como arena aberta de debates e experimentações que envolvem a aplicação de tecnologias digitais às diversas práticas da história.” (CARVALHO; LUCCHESI,2016, p.153).

O oficio do historiador é reorganizado a partir de novas pespectivas. Segundo o professor Juan Andrés Bresciano: “[…] modifica no solo el modo em que se estudia el passado, sino organización disciplinaria de la Historia como ciencia y su relacionamiento com la sociedad” (BRESCIANO,2015, p.13). Narrativas históricas são produzidas constantemente nos meios digitais, como em filmes, novelas, redes sociais e dentre outros espaços que são consumidos por uma gama de pessoas, por várias vezes essas narrativas são tomadas como verdades e sendo utilizadas como referências para a compreensão sobre os processos históricos. Muitos desses consumidores também são alunos da educação básica e que levam essa informação para todos os âmbitos de sua convivência, incluindo a escola. As novas tecnologias vão alterando significativamente os relacionamos uns com os outros, significativas mudanças em todas as esferas da sociedade, “[…] Inovações tecnológicas provocam marcas profundas na sociedade, contribuindo para as transformações no âmbito social, cultural, político, econômico filosófico e institucional”. (PANTOJA, 2018, p.57). São marcas que se aprofundam em meio a sociedade, as transformações se desenvolvem junto com as novas tecnologias, concepções sobre os variados assuntos são construídos em meio ao processo digital.

Porém, essas novidades ainda possuem resistências ao adentrar no espaço escolar. As novas tecnologias ainda enfrentam barreiras por parte da comunidade em torno da escola, ainda se emprega a ideia de um ensino tradicional e sem a presença das novas tecnologias, no máximo utilização um data show e slides, mas no fim continua sendo a mesma aula desinteressante e distante dos discentes. Enquanto no âmbito externo a sociedade está interessada nas narrativas desenvolvidas em series e jogos eletrônicos, a escola ainda, em muitos casos, mantem-se resistente a essas novidades, na tentativa de se manter dentro de uma pseudobolha, pseudo pelo fato de os discentes estarem em continuo contato com as novidades do mundo digital e, de alguma forma, levarem para dentro da sala de aula as informações que entram em contato fora do espaço escolar.

Podemos refletir essas novas tecnologias no auxílio da aula de história. Essa disciplina está no imaginário da sociedade como uma “matéria decoreba”, sendo considerada por muitos como chata e monótona. Em certas ocasiões pode-se considerar que está certo a percepção de chata e monótona, pois muitos discentes ou docentes demonstram desinteresse na maneira como a disciplina está sendo aplicada em sala de aula. Muitos dos discentes tem acesso a internet e acompanham diversas produções com fundo histórico e sendo mais atrativas para o público. O professor e/ou professora de história pode se aproveitar deste meio para construir uma aula que envolva a todos, com suas devidas proporções na utilização destes meios digitais e explicando essas experiências que os alunos vivenciam, na tentativa de transforma um ensino mais atraente para o discente. Para Bruno Amorim Pantoja: “[…] despertar a criticidade por meio das tecnologias que são próprias de seu cotidiano, ou seja, novas abordagens no processo de ensinar, mas especificamente de ensinar história”. (PANTOJA, 2018, p.61). Aproveitar esse meio digital para desenvolver uma aula atrativa para todos, aproveitar dessas experiências e propiciar aos discentes de sentirem partes importantes no processo de construção das aulas.

Conclusão


O desenvolvimento das novas tecnologias possibilita o estreitamento dos relacionamentos entre os mais diversos grupos sociais. Provocando profundas alterações em todos os âmbitos da sociedade, marcas irreversíveis para muitas delas, sendo que o meio digital está se tornando o pilar central para muitos setores sociais, políticos, culturais e dentre outros setores. Refletindo mais especificadamente sobre o ensino de história, o meio digital pode propiciar para as aulas uma interatividade mais interessante e mais próxima dos discentes. Muitos deles, ou todos, de alguma forma usufruíram da internet e das mais variadas formas possíveis, vai do docente selecionar algumas dessas experiências para serem utilizadas para o debate no Espaço Escolar. Contudo, o meio digital deve ser utilizado como ferramenta e não como “quebra galho” do professor, a utilização do meio digital deve ser adequada ao conteúdo e aparado as arestas do que foi produzido para não provocar leituras errôneas.

Referências:

Athos Matheus da Silva Guimarães é graduando do curso de Licenciatura em História do Campus da Universidade Federal Pará (UFPA) em Ananindeua. Athosguimaraes26@gmail.com.

BRESCIANO, Juan Andrés. Los estudios históricos enlasociedad de lainformación. In: BRESCIANO, Juan Andrés, GIL, Tiago (compiladores). La Historiografía ante el Giro Digital: Reflexiones teóricas y prácticas metodológicas. Montevideo: Ediciones Cruz delSur, 2015, pp. 13-40.
GIOVANNI, Adaiane. As tecnologias no contexto educacional e a necessidade de se pensar.com. In: MARTINS, Cristiane Pereira, OLIVERIA, Márcia Ramos de, MOREIRA, Igor Lemos, MUCELIN, Patrícia Carla. (org.). História e Tecnologia: diálogos entre pesquisa e ensino. Florianópolis: Editora UDESC, 2017, pp. 05-14.
KENSKI, Vani Moreira.  Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas, SP: Papirus, 2012.
LUCCHESI, Anita, CARVALHO, Bruno Leal Pastor de. História Digital: Reflexões, experiências e perspectivas.In: MAUAD, Ana Maria, ALMEIDA, Juniele Rabêlo de, SANTHIAGO, Ricardo (org.). História Pública no Brasil: Sentidos e Itinerários. São Paulo: Letra e Voz, 2016, pp. 149-163.
NUNES, Francivaldo Alves; KETTLE, Wesley Oliveira (Orgs.). Desafios do Ensino de História e Prática docente. Minas Gerais: VirtualBooks, 2018.
PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi. Por uma História prazerosa consequente. In: KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: Conceitos, práticas e Propostas. São Paulo: Contexto, 2013.
SANTHIAGO, Ricardo (org.). História Pública no Brasil: Sentidos e Itinerários. São Paulo: Letra e Voz, 2016, pp. 149-163.
MAYNARD, Dilton C.S. Memórias do Segundo Dilúvio: uma Introdução à História da Internet. Cadernos do Tempo Presente, n.04, 04 de julho de 2011.
PANTOJA, Bruno Amorim. As tecnologias de informação e comunicação e o ensino de História. In: NETO, Ernesto Padovanni (org.). Historiografia e ensino de história: a sala de aula em questão. Ananindeua: Amazônia Booksholf, 2018, pp. 53-75.

14 comentários:

  1. Muito bom o texto, e realmente vai direto a questão que se mostra urgente no ensino, principalmente quando falamos do Ensino de História.
    Se a tecnologia é capaz de revolucionar o ensino, por que ainda existem tantos professores de História, que mesmo com toda a discussão a respeito do emprego de uma didática mais eficaz, ainda resistem e são os elos de um ensino cristalizado e que anula a participação do aluno?
    Gustavo Gomes de Medeiros

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  2. Olá, Gustavo Gomes de Medeiros. obrigado por elogiar meu texto. Para a sua pergunta existem uma serie de respostas. Vou focar em algumas, a primeira deve-se a formação desses docentes no período da graduação. O uso das tecnologias está tomando mais força recentemente nas universidades, entretanto pouco são as faculdades que focam no debate do ensino de História e os usos das TICs. Deve acrescentar o fato de que muitos cursos de História davam enfase a construção de um bom pesquisador (Bacharelado), principalmente voltado exclusivamente a arquivos, e pouco a formação de um docente preparado para sala de aula, de estimular pensar o espaço escolar.

    Com está problemática acrescentamos um segundo ponto, o fato da pouca estrutura das escolas públicas e particulares dada aos docentes do ensino básico, impossibilitando utilização desses recursos na sala de aula. A sobrecarga dos docentes também impede a utilização de pensar essas ferramentas no espaço escolar.

    Porém soma-se a tudo isso a desconfiança de alguns professores sobre as "novas" tecnologias. O debate sobre fazer do ensino de história uma possibilidade de aproximar o aluno para aula é densa e profunda. Entretanto fica preso em velhos paradigmas, alguns citados anteriormente.

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  3. Parabéns! De extrema relevância seu texto. É importante estar sempre pensando em como utilizar as tecnologias tão presentes na vida dos adolescentes em sala de aula, mas realmente há muito empecilhos, desde a falta de experiência com tecnologias por parte dos professores mais velhos até as próprias grades de conteúdos que devem ser atendidas. É sempre um problema pensar em como atender uma geração que é tão urgente, tão acelerada e tão ansiosa com conteúdos obrigatórios tão maçantes e que muitas vezes podam a criatividade tanto dos alunos quanto dos professores.

    Greiciane Farias da Silva

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    1. De fato. Ainda existem grandes barreiras sobre a utilização das NTIC's no Ensino de História. Como citei anteriormente, é uma gama de problemáticas que se tornam travas para a utilização dessas tecnologias no Espaço Escolar. Desde a ausência de formação na Graduação até as carências estruturais em diversas escolas, sejam elas publicas e/ou particulares.

      Mas acredito que esteja começando a mudar um pouco esse cenário, principalmente na formação dos docentes na Graduação. Na UFPA/ANANINDEUA, a Faculdade de História introduziu uma disciplina para debater exclusivamente sobre as NTIC's no Espaço Escolar (Educação e Tecnologias de Informação e Comunicação). Além desse que acabei de citar, nesse mesmo Campus existe o Mestrado Profissional em História (PROFHISTÓRIA).

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  4. Boa tarde, Gustavo. Muito boa a análise que faz em seu texto.

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    1. Bom, obrigado por elogiar meu texto! Acredito que existe muitas possibilidades de temáticas para o Ensino de História.

      Att,
      Athos Matheus da Silva Guimarães.

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  5. Bom dia! Meus parabéns pelo brilhante texto e que possui muita relevância nos dias atuais para o ensino da História.

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    1. Obrigado pelo elogio! Acredito que devemos refletir e debater sobre novas possibilidades para o Ensino de História. Neste simpósio tem algumas propostas interessantes para pensar novas possibilidades para o espaço escolar, como por exemplo a utilização da alimentação e do meio ambiente para construção dos debates na disciplina História.

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  6. Olá bom dia, Concordo quando você afirma que “As tecnologias se tornam peças-chaves para a construção de uma educação mais atrativa e dinâmica entre os personagens que participam do espaço escolar”. Na sua percepção Athos Guimarães, você acredita que os professores de História ainda são resistentes aos meios digitais por eles envolverem mais o lúdico da criança/adolescente do que o desenvolvimento da criticidade dos alunos?

    Por fim, parabéns pelas reflexões desenvolvida no texto e muito sucesso, abraços.

    PEDRO HENRIQUE LIMA PEREIRA MAIA
    PETROLINA-PE
    pedro_maia18@hotmail.com

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    1. Olá, Pedro Henrique. Obrigado pelo questionamento.

      Acredito que existe resistência por parte dos docentes por diversas questões. Já citei algumas em perguntas anteriores, como uma formação não voltada para o Ensino de História, o Espaço Escolar e várias possibilidades de ferramentas para uma construção de um ensino mais atrativo. Por anos faculdades de História proporcionavam uma formação bem consolidada na área do bacharel, os tornando excelentes pesquisadores. Toda via, quando vamos analisar o âmbito da formação da licenciatura, muitos docentes expõe uma carência de debates pedagógicos e da possibilidade formação para o espaço escolar. Ainda expondo um pensando arcaicos nas metodologias das aulas.

      Muitos consideram, não só os professores, as tecnologias como distração para os discentes. Ainda exaltado um ensino expositivo, onde somente o docente tem o direito de falar e detentor de todo o conhecimento. A criança e o adolescente não chegam desinformados, como somente a escola fosse a única detentora do conhecimento. O mundo está cada vez mais conectado e um movimento acelerado. Porém a escola ainda tentar manter-se em uma bolha, na verdade, uma boa parte da sociedade tenta manter certos espaços longe dessa conexão com a Internet, incluindo a escola.

      Att,

      Athos Matheus da Silva Guimarães.

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  7. Olá, Athos Matheus.

    Tais reflexões sobre as novas tecnologias digitais e o ensino de história são importantes, principalmente, porque estamos diante de uma transição nas formas de aprender e ensinar história. Diante disso, o novo universo social proposto a partir da cybercultura, nos termos de Pierre Levy, impõe novas formas de nos conectarmos com a história, de modo, a favorecer o debate sobre os usos da internet no espaço escolar. No entanto, você finalizou muito bem, quando ponderou sobre o fato de que as novas tecnologias devem ser utilizadas como ferramentas didático-pedagógicas e não como mecanismos de entretenimento.

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    1. Olá, Megi Dias. Obrigado pelo elogio e pela sua colocação.

      De fato, a utilização das novas tecnologias devem ser utilizadas para fins de distração dos discentes ou para mais uma expositiva e sem atração. As NTCI's tem muita a contribuir para o desenvolvimento do Ensino de História, para a Educação. Como toda ferramente tem que saber manusear, não é diferente para as novas tecnologias.

      Atenciosamente,
      Athos Matheus da Silva Guimarães.

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