VIDA PRIVADA SOB A ÉDIGE DEMOCRÁTICA: CONSTRUINDO UM TRAJETO NA PERSPECTIVA HISTÓRICA
Maicon Douglas Santos Kossmann
Carolina Fernandes dos Santos
        
De acordo com Gutierrez, Castro e Pontes (2011) nos períodos da Antiguidade e Idade Média, o dever familiar, tanto no papel do pai quanto no papel da mãe, dizia respeito tão somente ao encargo da transmissão de bens, de vida, obter nome da família e dela aprender sobre os costumes predominantes na sociedade e no próprio ambiente familiar, não prevalecendo os sentimentos voltados para a afetividade no ambiente da família. Como não se tinha uma definição de vida privada ainda, o polo coletivo era em última estância a resolução do Eu, apenas aqueles que participavam do coletivo formavam sua identidade e por fim, a caracterização da sua vida privada, claro que, as mulheres como proibidas, na realidade ocidental, de participarem da vida política não quer dizer, efetivamente, que não possuíam identidade, a identificação coletiva dos gregos, por exemplo, era a partir da associação como cidadão, de cidade, sou uma ateniense, uma romana, é o ser público. Os laços de amor e afeto no âmbito familiar surgiu durante os séculos XVII e XVIII, havendo uma maior aproximação do vínculo mãe e filho e atribuindo a mulher o papel de provedora do cuidado e do afeto, tendo ela o reconhecimento da “mulher-natureza”. Portanto, introduzimos com esse discurso, da criação da vida privada com base na divisão sexista da sociedade em que os problemas políticos estruturais do patriarcalismo são arrastados para uma esfera que normaliza os problemas privados, o problema é isolado e como privado, é exigido que cada um resolva por si só a sua intimidade.

Atribuímos a criação da vida privada à sociedade burguesa doo finais do século XVIII e início do século XIX. O período de cisão entre privado e público inaugurou na modernidade, sendo privacidade um conceito único ao período para as sociedades ocidentais. Lembrando do contexto de moral vitoriana, de repressão social e intolerância, a punição tanto por parte do estado quanto social era severa para quem violasse os preceitos morais da época. Evidenciamos a sociedade moderna conforme Freud (1996, p. 105) “[...] A civilização é construída sobre uma renúncia ao instinto, o quanto ela pressupõe exatamente a não-satisfação de instintos poderosos. Essa ‘frustração cultural’ domina o grande campo dos relacionamentos sociais entre os seres humanos.” Uma troca da repressão da intimidade, privacidade e liberdade entre segurança, controle, punição, a liberdade não constitui a sociedade moderna.

Numa época de repressão, os diários servem, muitas vezes, como válvulas de escape para sublimar os impulsos libidinosos; em diários se registram desejos sexuais ou os atos realmente praticados que poderiam destruir uma vida ao vir a público; homens descrevem as lindas pernas de suas amadas em alusões a pernas de caríssimos pianos, cobertas por volumosos e delicados vestidos que salientam suas curvaturas, mulheres, ainda, registravam seus mais íntimos desejos, suas experiências nos saraus ou as escapadas no denso jardim dos fundos da casa,  em uma técnica que era passada de mãe para filha. Lembremos ainda que a privacidade estava recém surgindo, logo, alguns locais públicos ainda eram dominados pelas atividades privadas, como já citei, o quintal da casa e como acrescenta Priori (2014, p. 27) sobre as igrejas: “Nos dias de missas e festas religiosas, ou quando estavam vazias, eram ideais para a troca de beliscões, pisadelas e beijos furtivos por trás de colunas e altares.”

Em referência a época discutida, Priori (2014, p. 64) considera o século como “Século hipócrita que reprimiu o sexo, mas foi por ele obcecado. Vigiava a nudez, mas espiava pelos buracos da fechadura. Impunha regras ao casal, mas liberava os bordéis.” Evocamos a uma época de protagonismo masculino, o controle que se buscava na modernidade quanto a privacidade era a segurança para mulher frequentar a igreja, segurança para os saraus, segurança para as visitas, segurança na família, uma segurança repressora, de mulher só se esperava delicadeza e amabilidade, retomando Priori (2014, p. 65) “As mulheres não deviam se olhar no espelho, nem mesmo na água das banheiras. Em compensação, espelhos forravam as paredes dos bordéis. As mulheres conheciam mal o próprio corpo, e toda evocação de feminilidade era malvista.” Todo reflexo da imagem do corpo feminino a si própria era proibido, cabia ao homem definir, estimar e categorizar a sua mulher, sua propriedade, o medo do espelho é a percepção do próprio corpo, é a tomada de consciência. Isso porque o homem universal descreve (e escreve) a história a partir do seu viés, tendo o mundo feminino como um ambiente incerto, totalmente invisibilizado, vulgar e ao mesmo tempo imaculado. Essa própria universalização da figura masculina que contribuiu para a diferenciação socialmente imposta entre os gêneros (COLLING, 2004), assim como o modo como cada um é visto diante dos olhos de quem o analisa, contribuindo com a construção da relação de poder entre os gêneros.

A partir de 1880 os banheiros foram acrescentados a casa burguesa, nesse novo cômodo, o local mais secreto da casa, as mulheres desenvolve um novo aspecto cultural, a contemplação do próprio corpo, ao se observarem nuas num espelho que refletia o corpo dos pés a cabeça, comparavam suas pernas, quadris e seios com as pessoas mais visíveis da high society. De 1914 em diante, sutiãs e calcinhas começam a ganhar espaço, as roupas cada vez mais curtas valorizam muito mais as pernas, mulheres e homens frequentam as varandas de casa com roupas de banho e cada vez mais, os parâmetros de beleza dependem do corpo. Em 1970 mostrar coxas e seios não é mais indecente, não trabalhamos mais com o imaginário da roupa curta de 1930, em que a imaginação se esforçava para ver o corpo nu de uma atriz desejada. Esse período entre 1960 e 1970 não é por acaso, nos referenciamos a revolução sexual, chegou de problemas sexuais, queremos viver a liberdade e a democratização dos prazeres, de acordo com Priori (2011, p. 175) “Ao defender a ideia do ‘direito ao prazer’, os pais da época fabricaram um tipo de sofrimento: o que nascia da ausência do prazer.” E esse sofrimento não será mais tolerado. A transformação que a sociedade estava passando é o que Bignotto (2014, Outubro 17) diz que “A intimidade passa a governar o que é próprio a intimidade, mas também irá possuir aquilo que é do mundo público.”

Foi a partir do século XIX que a mulher (sobretudo branca) não tem apenas como reconhecimento o seu encargo de prover a vida, conquistando, assim, espaços, como no mercado de trabalho, e passa a reconhecer e a compreender o seu direito à liberdade e autonomia. Entretanto, a figura masculina esteve (e está) mais presente na esfera pública do que as mulheres, afinal são grandes representações da gestão econômica e administrativa seja do ambiente de trabalho e do lar. Ou seja, na esfera privada o homem também apresenta o mesmo caráter de autoridade. Apesar da mulher ter naturalizada a sua responsabilidade na educação dos filhos, na atribuição de afeto, não é ela quem aplica as ordens mais severas, isso porque ela se encontra numa posição abaixo daquele que tem total domínio familiar de aplicar poder e controle.

Nesse sentido, os deveres femininos não são ligados a um caráter de controle, a partir do momento que se percebe que dentro do ambiente familiar, a domesticidade se torna presente quando o papel principal que deve ser por ela desempenhado diz respeito à relação de cuidado e afeto para com os seus familiares, acarretando a visão do ser imaculado e divino que tem o poder (seu único poder) de gerar vida, resultando na castidade do ser que tem como principal função a reprodução, apesar de que a virilidade masculina esteja em jogo quando essa reprodução não é bem sucedida. Nesse sentido, a atribuição do papel reprodutivo afeta diretamente a vida privada feminina em virtude da violação (ou da falta de reconhecimento de que isso é direito) do direito à liberdade e à autonomia. 

Nesse processo se compreende cada vez mais o crescimento do individualismo e da formação da identidade através da privacidade. Com a valorização do corpo, ele se torna significativo para a formação da identidade, vai além disso, para Prost (2009, p. 90) “Mais do que identidades, máscaras ou personagens adotadas, mais até mesmo que as ideias e convicções, frágeis e manipuladas, o corpo é a própria realidade da pessoa.”. É encontrado no privado o fundamento de existência do indivíduo. Essa individualidade também é reproduzida no campo filosófico; Bignotto (2014, Outubro 17) parafraseando Descartes, utiliza o exemplo do: “‘Penso, logo existo’, é um encontro identitário a partir do eu. O que sobra para o coletivo, o público, é apenas um polo objetivo, mas que não diz respeito a individualidade”. Podemos ainda incluir Nietzsche, por exemplo com a “Morte de Deus” é uma expressão de uma coletividade que não é formada por vários eus; um indivíduo mata Deus pois não lhe é mais necessário, porém, não nega sua existência, pois. para alguns o veneno ainda é necessário; revela-se um senso de individualidade maior que o coletivo, mas o coletivo ainda é considerado, por isso Nietzsche não irá negar Deus, mesmo sendo desnecessário.

Esse crescimento constante do individual, privado, nos incentiva a abrir rapidamente um ponto que está em evidência nesse período, a pós-modernidade, uma classificação para descrever o agora, uma tentativa de nomear essas rápidas mudanças que estão acontecendo na sociedade. Para seguir uma mesma lógica freudiana citamos aqui Bauman (1998, p. 10) “Os mal-estares da pós-modernidade provêm de uma espécie de liberdade de procura do prazer que tolera uma segurança individual pequena de mais.”. Passamos a exigir de mais por liberdade e nos tornarmos cada vez mais individualista, não encaramos aqui o individualismo como um problema, mas o que foi apropriado a partir disso, diversos problemas sociais taxados como problemas privados e que esperam que cada um resolva o seu, quando na verdade nossa intimidade é explorada como uma mercadoria e existe um incentivo para que acreditemos que exposição é lucro.

Hoje, consumimos imagens imbuídas de sentimentos, choramos e rimos ao ver uma propagando, uma publicação. Essa imagem é o que Debord (1997) chama de espetáculo, elas nos prendem atenção e provoca diversos estímulos que podem conter mais sabedoria que qualquer filosofia ocidental. O celular, um aparelho em que carregamos a todo momento e registramos nossa intimidade num campo público, até mesmo nossa humilhação é registrada nas redes sociais, somos produtos dessa imagética, desse espetáculo, o que publicamos provocam reações, sentimentos. Poderíamos ainda num discurso mercadológico e transformar o sentido de sexo como Gidden (1993, p. 194) atribui: “A transformação do sexo em mercadoria poderia então ser interpretada em termos de um movimento de uma ordem capitalista [...] preocupada em incrementar o consumismo e, por isso, o hedonismo.”.

No século passado, as classes trabalhadoras conheciam formas variadas de interpenetração de sua vida privada e de sua vida pública, porém os polos público e privado não se dividem, privacidade é um privilégio das classes abastadas. Segundo Prost (2009, p. 17) “A história da vida privada seria, então, a história de sua democratização.”. Por mais glamoroso que seja as redes sociais, em que qualquer um pode publicar o que quiser, não chegamos na democratização dessa privacidade. A diferença de classe está muito visível nos espetáculos demonstrados nas publicações, gestos e montagens de fotos são copiadas das classes privilegiadas, os espelhos de corpo inteiro ainda fazem parte das fotos, as comidas são registradas, apenas quando são os pratos mais caros do mês, em viagens, as redes sociais viram quase um diário para demonstrar a única viagem do ano.

Ainda é difícil caracterizar os pontos de influência entre um polo e outro da sociedade, tratando que a pós-modernidade consiste em inúmeros contatos culturais entre produtores e consumidores, mas concordamos com Harvey (2014, p. 62) quanto ao gosto cultural dos anos 60 substituídos pela: [...] Pop arte, pela cultura pop, pela moda efêmera e polo gosto da massa [que] são vistas como um sinal do hedonismo inconsciente do consumismo capitalista.”. Contextualizando, novamente, a espetacularização da intimidade não podemos fazer da lógica mercadológica como responsável pela geração da pós-modernidade, mas tratar as ferramentas locais dessa espetacularização como um produto do capitalismo avançado, portanto existe uma necessidade de discutir a respeito dos parâmetros democráticos desse espaço, num período em que se preza por mais liberdade e menos segurança, tratando-se de um espaço de liberdade, há uma noção de esquecimento e desconhecimento da forma em que é regularizado esses espaços e para quem é direcionado e determinado o espetáculo da intimidade.

Tratando-se de democratização da privacidade inicia-se pela esfera burguesa e protagonismo masculino, e as mulheres, paulatinamente, foram conquistando espaço numa luta árdua e solitária. Giddens (1993, p. 208) atribuiu a conquista de direitos privados para se fazer a intimidade, essa conquista pode ser percebida: “[...] A partir da luta das mulheres para atingir uma posição de igualdade no casamento. O direito das mulheres de tomar iniciativa do divórcio [...].”. São conquistas como estas que se referem a própria conquista íntima. Os direitos garantem destruir poderes privilegiados, arbitrários e limitadores até mesmo dentro do campo íntimo, ou melhor, necessariamente dentro do campo íntimo e privado. A garantia de direitos terá como consequência a criação de responsabilidades, transformar o poder coercivo em igualitarismo. Não esqueceremos sobre o ser cidadão, a garantia de direitos e deveres é formado através do investimento em cidadania, de acordo com Covre (2002, p. 9) “É direito de todos expressar-se livremente, militar em partidos políticos e sindicatos, fomentar movimentos sociais, lutar por seus valores.”. Não concluiremos este documento com um pensamento fechado de que para garantir uma privacidade igualitária é necessário apenas a democratização da mesma e sim, que o campo privado é uma demarcação ainda muito recente e que devemos explorar muito mais seus vieses discursivos e compreender a estrutura que a fomenta.

REFERÊNCIAS

Maicon Douglas Santos Kossmann, Alvorada, Faculdade Porto Alegrense – FAPA, Graduando em História.
Carolina Fernandes dos Santos, Porto Alegre, Faculdade Estácio do Rio Grande do Sul, Bacharela em Direito.
Grupo Autônomo de Pesquisa – SAIR DA GRANDE NOITE
sairdagrandenoite.com



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PROST, Antoine; VINCENT, Gérar (Org.). HISTÓRIA DA VIDA PRIVADA 5: Da Primeira Guerra a nossos dias. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

3 comentários:

  1. Bom dia Maicon Douglas!
    excelente texto, muito pertinente.
    como você vê a questão da exposição e da intimidade entre as diferentes classes sociais? ou o mesmo comportamento de hiper-exposição é percebido em todos os extratos da sociedade?

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    1. Não possuem o mesmo comportamento, mas sim, a mesma tendência comportamental, que é o desempenho. Acontece que diferentes classes demonstram diferentes desempenhos por causa de uma estrutura distributiva desigual. Acontece que, uma pessoa abastada, por exemplo, pode ostentar diferentes formas de desempenho de sua vida privada por conseguir manter um padrão de vida em que ofereça sempre uma novidade, logo não há motivos para expor a intimidade, pois a vida dela em si é a novidade, existem diversos canais de ricos, por exemplo, que é desconhecido o seu emprego, casamento, filhos e etc, sua privacidade é o espetáculo, não a intimidade. Já uma pessoa menos privilegiada, poderá (sem generalizar) espetacularizar sua intimidade para demonstrar seu desempenho, pois, geralmente, é na vida íntima que acontecem as novidades, as surpresas. Em ambos os casos existiriam motivos para expor a intimidade para a afirmativa de espetacularização, porém, a diferença está na quantidade de material disponível para espetacularizar. Existe um terceiro caso, ainda, que não trouxe para o texto, que são pessoal que monetizam a intimidade, contexto que geraria outro estudo. Enfim, as redes funcionam como uma vitrine, as diferenças de poder e classe são visíveis, porém não são claras, é necessário um pouco de atenção para verificar. Acredito que tenha respondido, a grosso modo, os diferentes comportamentos. E como EU vejo a exposição entre as diferentes classes sociais. Vejo como uma completa banalização da vida privada e da intimidade, é categórico, é superficial, é momentâneo, é instantâneo, a velocidade em que é exposto, absorvido e esquecido é tanta que se não existisse um interesse comercial nessas exposições seria, com certeza, um não-lugar.

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  2. Muito bem respondido Maicon Douglas, obrigado. Realmente o estudo da vida privada possibilita uma leitura muito precisa do nosso momento, pós-moderno e da pós-verdade.

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